terça-feira, 22 de maio de 2018

Depois da tempestade, a bonança

Depois do furacão da semama passada, eis que começou a soprar sobre Alvalade uma amena brisa de bonança. Não houve a tão temida debandada de jogadores (salvo os que vão jogar o Mundial) e a próxima pré-época começou a ser calendarizada, dando um sinal de que o mundo continua pulando e girando como sempre.
Com Raphinha já garantido, com Rui Patrício a caminho de Itália para a mais que esperada transferência para o Nápoles, resta começar a arrumar internamente uma casa que se desfez em cacos nos últimos dias. Espera-se nos próximos dias uma definição do futuro de Jorge Jesus no Sporting, que pessoalmente acredito que passará pela sua transferência. Quando à saída litigiosa de jogadores, além das diversas opiniões jurídicas que invariavelmente desaguam na ideia de que tal é forçado e até prejudicial para os atletas, além de ainda não se terem verificado, assistimos espantados à notícia da possível renovação do empréstimo de Fábio Coentrão ao Sporting. Se esta notícia se confirmasse, matávamos dois coelhos com uma só cajadada. Não só calávamos as vozes que teimam em vender a ideia de que nenhum jogador quer continuar em Alvalade, como também as vozes que imputam ao caxineiro a origem da instigação de revolta no plantel sportinguista. Como em tantas outras paragonas que surgiram nestes dias, também esta merece que seja digerida com a devida precaução, tal é a falta de acerto da comunicação social nos temas que dizem respeito ao nosso clube.
Gosto deste clima de paz no Sporting. Ainda estamos muito longe de uma "reconciliação", mas registo o facto das entidades envolvidas terem finalmente demonstrado maior respeito pelo Sporting, preferindo dar tempo à actual direcção para organizar minimamente a próxima época. A reunião prevista para quinta-feira pode nem sequer ser decisiva, isto se continuarem pendentes alguns dossies de resolução urgente: falo obviamente da questão do treinador para a próxima época, mas também do avanço da restruturação da nossa dívida. A entrada directa na Liga Europa aliviou o nosso calendário, pelo que temos de aproveitar esse balão de oxigénio para prepararmos a equipa e não para continuarmos a guerra civil entre sportinguistas. Primeiro o Sporting, dar condições à equipa de futebol para fazer uma pré-época concentrada no plano desportivo e um inicio de temporada com o pé direito. Depois sim, avancemos então para a questão directiva.

6 comentários:

  1. Subscrevo. Ver alguma normalidade na planificação do futebol ajuda a serenar ânimos e gerir com racionalidade os dossiers importantes. E não nos esqueçamos que ainda temos um final de época muito importante para as modalidades.
    SL

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  2. Também subscrevo inteiramente. É necessária e fundamental que TODOS possam agora gozar da serenidade que permita assumir opções mais racionais, manter abertas TODAS as vias para o diálogo e encontrar soluções de compromisso que possa assegurar que os interesses de TODAS AS PARTES fiquem minimamente garantidos.
    Saudações leoninas

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  3. Um indivíduo que implode o clube, que atacou a equipa/treinador até à véspera do último jogo, um indivíduo que achou chato o ataque à Academia, a estranheza de até agora ninguém saber quem autorizou a entrada do BMW....mas está tudo bem, afinal são todos bons rapazes, o Sporting está primeiro e...welcome to the twilight zone.

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    1. Espero bem que esses e outros assuntos sejam devidamente dissecados e debatidos. Mas isso não invalida que em primeiro lugar comecemos a tratar já da próxima época, além de outros assustos de gestão pendentes. E sim, o Sporting deverá estar sempre em primeiro, seja para situacionistas ou oposicionistas.

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  4. Até pode ter passado a tempestade. Mas não há bonança que permita reparar tão cedo os escombros do desastre.

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  5. Boas, off topic. Trocámos aqui há uns meses umas ideias sobre o suposto milagre financeiro do sporting.

    Transcrevo estas frases do comunicado do conselho directivo: "Desejamos que os associados e accionistas do Sporting CP e da Sporting SAD, respetivamente, tenham consciência de que o agendamento precipitado de uma Assembleia Geral com o propósito de discutir a continuidade do actual Conselho Directivo trava de imediato o lançamento do Empréstimo Obrigacionista, sem o qual o Clube e a SAD deixarão de ter capacidade para fazer face a compromissos imediatos".

    Então o clube está dependente de se endividar para fazer face a necessidades imediatas?

    Os sportinguistas podem não querer assumir isso perante adeptos de outros clubes, mas entre vós certamente já perceberam que deixaram entrar no clube um vale e azevedo. A diferença é que este quer que o clube ganhe, mas isso não chega....

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