segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A lampionização do Sporting

Uma das narrativas que mais tem passado nos blogs anti-Bruno, quiçá delineada nalgum escritório de marketing e publicidade, é que nestes últimos 4 anos temos assistido à lampionização do Sporting.
A narrativa gira em torno de uma das nossas principais fobias de um Sportinguista, a de sermos associados à lampionagem. Passa por nos fazer acreditar que o Sporting, até então um clube de gente séria, moralmente superior, eticamente inatacável, tem vindo a ser transformado num clube de gente boçal, labrega, seguidista, sem espírito crítico para com a hidra diabólica que nos dirige.
Que o Sporting é um clube diferente no panorama desportivo nacional, não há grande margem para dúvidas: somos  um clube ecléctico, que privilegia o mérito desportivo, que se recusa a entrar em lutas de bastidores pelo controlo imoral do desporto, que não aparece associado a escândalos de corrupção (antes pelo contrário, até os denuncia), onde cada adepto e associado não é estigmatizado pela origem social, económica ou étnica de onde provém. 
Por vezes, a nossa cultura diferente faz com que nos tornemos bonzinhos, como aquela malta que faz falta ao desporto nacional porque dá jeito uns chavões éticos nisto tudo, mas que não conta para nada porque se deixam comer. Também tivemos ovelhas tresmalhadas no nosso seio, como aquele ex-inspector da PJ que tentou entalar o Cardinal mas acabou entalado. Ou episódios tristes, como aquelas eleições de 2011, onde desapareceram urnas que apareceram depois e tudo acabou como sabem.
Desde 2013 até ao dia de hoje, que eu me tenha apercebido, não violámos os princípios éticos e morais que nos diferenciam: mantemos o ecletismo, continuamos a privilegiar o mérito desportivo, lideramos na luta pela transparência do fenómeno desportivo em geral, desde as arbitragens aos fundos de investimento, recebemos todos os sportinguistas de braços abertos. Isto tudo sem sermos bonzinhos, sem termos ovelhas tresmalhadas e sem episódios tristes. Por isso pergunto eu: onde está a lampionização do Sporting?
A lampionização do Sporting, segundo PMR e seus amigos, está nas voltas olímpicas do seu presidente, como se festejar uma vitória do nosso clube com os nossos jogadores para os nossos adeptos fosse reprovável. Está no estilo populista do presidente, como se o enaltecimento das qualidades do nosso clube, o apregoar do apoio incondicional ao clube, a defesa cerrada do clube face a ataques externos, fosse algo apenas ao alcance de lampiões. O vibrar com as vitórias da equipa, com os golos marcados, as exibições, o orgulho de vestir a verde-e-branca na rua, é isso a lampionização do Sporting?
Não meu caro CityLion. Por muito que lhe custe, a lampionização do Sporting não é isso. Lampionização é quando não olhamos a meios para atingir os fins, nem que isso signifique amplificar a mais miserável, vil e mentirosa  propaganda lampiónica anti-Sporting. É quando atacamos o carácter do nosso oponente e vamos buscar o seu passado, porque não temos mais argumentos sérios. É quando inventamos histórias e retorcemos a realidade, por vezes escondidos no anonimato de um blogger ou num cartaz de rua, porque tal serve os nossos intentos ganhadores. É dizer na rua que "sovamos" o adversário. É quando argumentamos que os Sportinguistas tem maior poder financeiro que os outros, como se ser Sportinguista fosse apanágio económico ou social.  
E o que leva um sportinguista como Pedro Madeira Rodrigues, a juntar-se a outros sportinguistas, utilizando meios ignóbeis, baixos, mesquinhos, mentirosos, arrogantes, para conseguirem conquistar a presidência do clube? Senhoras e senhores, eis a Lampionização do Sporting.

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