terça-feira, 6 de junho de 2017

Canalhas e toupeiras

Enquanto Battaglia, Coentrão e Rúben Semedo continuam envoltos em conversações, eis que a pré-época sportinguista foi surpreendida por uma mão cheia de... nada!
Existe aquela velha máxima de que o importante não é falar-se bem ou mal. O importante é que se fale. No caso de Bruno de Carvalho, a coisa é semelhante, com uma variante: o importante é que seja embaraçoso. De filhadaputice em filhadaputice, o Estado Lampiânico lá vai alimentando a sua cruzada contra o nosso presidente. Desde beijos na tribuna, até invertendo uma situação onde foi insultado em acusado de insultar (episódio família Pinho), tudo tem servido para alimentar aquela fogueira onde o nosso presidente tem vindo a ser lentamente cozinhado. E aqui não pega aquela desculpa tipicamente portuguesa, do "pôs-se a jeito". Não, porque aqui há matéria que ultrapassa e muito a falta de carácter e a canalhice de quem transmite e amplifica estes casos. Gravar à socapa uma conversa privada não é mais do que mais uma pedra nesse triste edifício que é a credibilidade dos nossos media. 
Para desgraça dos nossos detractores, o que foi gravado não é mais do que uma conversa de homens sobre alguns temas do desporto nacional, coisa que se houve num qualquer café de Portugal à segunda-feira de manhã. Não se ouviu falar em dar fruta ou café com leite, convites para o estádio, carimbos escondidos, puxões de orelhas pedagógicos, ou outro tipo de analogias futebolísticas portuguesas. A "p*ta da gala" é o que de mais embaraçoso se ouviu, mas atendendo à novela que se gerou em torno disso, essa parte da conversa até nem nos merece muita atenção. À falta de sumo para espremer, os detractores viraram-se para a forma como o áudio foi obtido. E em causa, como é óbvio, não está a forma imoral como tal foi conseguido, mas sim o amadorismo do nosso presidente, que consente em cair neste tipo de armadilhas. Como se os culpados da ignomínia que grassa pelo mundo fosse das vítimas e não dos gaviões que o circundam.
Eis como o Estado Lampiânico, sem casos para atacar o nosso clube pois a pré-época tem decorrido sem mácula para os nossos lados (contratações bem encaminhadas, focadas e sem telenovelas), arranja já um tema para queimar o Sporting na praça. 
Mais grave é a forma como o ofício relativo a Rúben Semedo foi divulgado. Aqui não estamos a falar de jornalistas desonestos, mas sim de pessoas da nossa própria casa. Depois das fugas para o football leaks, descobrimos afinal que ainda existem ratos e toupeiras no Edifício Visconde de Alvalade. E isto sim, é um motivo sério e que deveria preocupar todos os sportinguistas, a começar no nosso presidente. 

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