segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Sobre o que resta de 2016/17

Apesar de já estarmos praticamente afastados da luta pelo título, não nos podemos esquecer do que ainda resta para lutar nesta época.
A conquista do 3.º lugar é imperativa, para mantermos acesa a hipótese de participarmos na Liga dos Campeões da próxima época. O momento actual do Braga não é famoso e o Vitória de Guimarães não me parece com estaleca para lá chegar. Temos de nos focar no que ainda resta, começando também a preparar o que virá depois.
Reduzir os próximos 14 jogos do campeonato a uma pré-época antecipada da Liga de 2017-18 é perigoso, pois pode criar nos jogadores uma sensação de alívio ou descompressão que poderá ser fatal. Até porque em ano eleitoral, a nossa direcção quererá afastar o cenário de maus resultados desportivos do horizonte eleitoral, sob pena de sair penalizada no acto. Mas será sempre inevitável olhar para os jogos que ainda faltam e ver nestes um teste para o futuro de vários jogadores.
Reside aqui a capacidade do treinador motivar o plantel, em especial os mais jovens. Muitos deles regressaram em Janeiro vindos de experiências motivadoras e com ganas de mostrar o quanto cresceram. É importante mostrar-lhes que um bom desempenho nos próximos jogos significará uma efectiva participação no plantel para 2017-18. 
No inicio desta época, alguns desses jogadores tinham a perspectiva - de resto confirmada pelo próprio treinador - de que iriam fazer parte do plantel. Face à aposta que veio a ser feita em jogadores mais experientes, preferiu-se dispensa-los, com o motivo de que seria positivo ganharem minutos noutras equipas da I Liga (seguindo o exemplo de João Mário e Rúben Semedo). Renegar outra vez estes jogadores será um factor de desmotivação para eles, talvez fatal.
Lembremo-nos de Cédric e Adrien, que todos julgavam perdidos, mas que foram recuperados após a aposta de Leonardo Jardim (não tinha outras hipóteses). Ou, mais recentemente, no próprio Rúben Semedo, que chegou igualmente a ser dado como perdido.
As palavras de JJ no final do clássico, comentando a prestação de Palhinha, foram infelizes. Foi JJ a ser JJ. Espero que nos treinos e nos próximos jogos o treinador motive e transforme o melhor trinco do Belenenses num dos melhores de Portugal. Poderia começar já no próximo jogo, mantendo a sua titularidade, mesmo que isso implicasse sentar WC no banco. Era um sinal inequívoco de que conta com o jogador e de que as suas palavras não foram mais do que um mal-entendido.
Uma última nota para a questão lateral da defesa. Partindo do princípio que o centro da defesa mantê-se, bem como a cabeça do ataque, deveríamos atacar o mercado de Verão para assegurar dois bons reforços para as laterais. A par do suprimento das possíveis vendas de Adrien ou William, terão de ser os melhores reforços da próxima época.

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