quinta-feira, 20 de julho de 2017

Octávio Machado

Só quem nunca se debruçou pelo percurso de Octávio Machado pelo futebol português é que ficará surpreendido pela sua última entrevista dada.
Octávio, o palmelão, tem essa característica que muitas vezes deixa revelar. Tem uma apetência enorme pelos holofotes mediáticos e uma atracção fatal por microfones e canetas de jornalista. Por vezes o Palmelão, tal é a fome com que acorre à "arca" jornalística, nem se dá conta da figura rídicula que nos vai proporcionando. Todos se lembrarão dos "Bin-Ladens do futebol" ou do "Vocês sabem do que estou a falar". Uma mão cheia de nada, vento, vácuo, vazio. Um "agarrem-me senão vou-me a ele!". 
Octávio Machado tem um currículo invejável no futebol português, desde que começou como treinador adjunto do porto, passando por ser treinador principal da nossa equipa e outra vez do porto. Não tenho dúvidas que é alguém que conhece bem os meandros do nosso futebol, os seus pontos fulcrais, o relvado e os bastidores. Por isso é que Jorge Jesus trouxe-o para a estrutura do nosso futebol, na tentativa de nos fortalecer com alguém que entendia estar em boas condições para nos contrapor ao benfica. Octávio nunca teve a incubência de ser um manager do futebol profissional do Sporting. A missão dele era mais subterrânia, mais táctica. De um modo geral, olhando para os resultados obtidos, neste momento estou inclinado a considerar que a sua entrada no nosso futebol foi um falhanço. Continuámos expostos e em momentos cruciais da época fomos demasiado "passarinhos", num futebol dominado por aves de rapina. Provavelmente saberemos mais nos próximos dias, mas para já é este o juízo que a História faz sobre a última passagem do Palmelão pelo nosso clube.
O resto é mais do mesmo. Suceder-se-ão as entrevistas de Octávio ao jornalixo nacional, as parangonas serão aquelas que todos sabemos e, enfim, resta-nos olhar para isso e encolher os ombros, esperando que este tipo de erros de casting não se repitam.
A última entrevista de Octávio está, no final de contas, ao nível da escolha do pior onze com quem o Simulão Sabrosa jogou. Ainda nem sequer arrefeceu a cadeira do Palmelão em Alvalade e já começou este a atacar, insultar e humilhar os seus ex-colegas de clube. No fim de contas, quem é verdadeiramente enxolhado é quem encarna esta triste figura, de falta de ética, moral e vergonha na cara. Espero sinceramente que Bruno de Carvalho continue na sua postura low-profile perante a comunicação social e, se for questionado ou interpelado para comentar a última entrevista do Palmelão ao CM, diga apenas que está grato pelo excelente trabalho prestado pelo ex-dirigente  em prol do nosso clube. E lhe deseje todo o sucesso profissional e pessoal. 

Sem comentários:

Enviar um comentário