quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A matança dos borregos continua!

Este ano andamos a matar borregos atrás de borregos. Ontem matámos mais um: vencemos fora para a fase de grupo da Liga dos Campeões, o que já não acontecia desde 2008!!! E em tempo de matar borregos, vem aí mais outro, daqueles gordinhos que até irritam como nunca o conseguimos matar antes: vencer o Tondela em Alvalade!
O jogo de ontem poderia ter sido histórico, pois uma vitória de 5 ou 6 golos fora, ainda por cima quase todos marcados na primeira parte, é sempre algo de valor numa competição como esta. E quem diria que o nosso Sporting, que ainda há uns 3 anos não conseguia vencer fora o Maribor, chegava a um dos estádios europeus mais complicados e impunha um futebol de classe.
Como disse na minha antevisão, se quiséssemos sonhar com algo mais do que o 3.º lugar no nosso grupo da LC, tínhamos de ganhar ontem. Agora tudo é possível e parafraseando o já falecido José Torres, "deixem-nos sonhar!". O Barça, como se viu ontem, está a voltar ao nível que nos foi habituando nestes últimos anos. Aqui será praticamente impossível sacar pontos. Resta-nos esperar por dois jogos fabulosos ante a Juventus e... que o sonho se torne realidade.
A exibição na Grécia seria imaculada caso os últimos minutos do jogo fossem apagados. Não foi isso que tirou o brilho da nossa exibição, mas deixou um travo amargo na boca. Jorge Jesus disse, e com razão, que para competir na Liga dos Campeões não podemos relaxar com tanta auto-confiança. Da mesma forma que no ano passado fomos atraiçoados em Madrid nos últimos minutos, também na Grécia passámos por calafrios finais desnecessários. Há que incutir na cabeça dos jogadores que os jogos só estão ganhos depois do apito final do árbitro e não antes. A tremideira que se tem sentido nos últimos jogos tem de desaparecer de vez.
E porque temos tremido tanto na parte final dos jogos? Temos entrado bem, pressionando e marcando cedo. Ainda há bem pouco tempo os sportinguistas se queixavam que dávamos sempre 45 minutos de avanço ao adversário. Nestes últimos jogos, salvo o jogo com o Feirense, não tem sido assim. Entramos fortes, marcamos golos e criamos oportunidades, sem deixar jogar o adversário. Pelo que me apercebo, há jogadores que quebram fisicamente apartir dos 70 minutos. Bruno Fernandes, Acuña, Bas Dost ou até Gelson, acabam os jogos de rastos. Acho que JJ mexe tarde na equipa, por exemplo contra o Estoril e Feirense só mexeu quando já estávamos a ser sufocados. E não há necessidade para isso, pois temos no banco bons substitutos: Doumbia, Iuri, Podence (quando regressar), Bruno César e... Matheus Oliveira. Sem Adrien, perdemos alternativas de qualidade ao actual trio do meio-campo. Bruno César é competente, mas falta-nos algo mais. Pergunto-me se não estará na altura de começar a dar minutos ao Bebeto junior, para vermos se temos ali alternativa credível. Também temos Petrovic, é certo, mas para posições mais recuadas. Precisamos de mais alguém no miolo, que saiba segurar a bola e pautar o jogo.
Por fim a lateral esquerda. Dos últimos 4 golos sofridos, 3 tem a Jonathan Silva envolvido. Não estou a dizer que a culpa é só dele, mas sim que o nosso lateral canhoto não está de momento a dar a segurança defensiva necessária à nossa equipa, principalmente em alturas onde devíamos ter o jogo controlado. Caso Coentrão continue lesionado ou se venha a constatar que não tem condições para jogar assiduamente ao longo da época, acho melhor que comecemos a procurar alternativas dentro do plantel (adaptar Ristovski à esquerda? voltar a insistir em Bruno César? Equipa B?) ou de fora.
Sábado jogamos com uma das bestas negras de Alvalade nos últimos anos. Irrita-me a forma desinibida como o Tondela, que leva de tudo e todos, chega a Alvalade e come a relva para nos vencer. Se há jogo onde temos de golear, é no próximo. E sem arrepios no final.

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