tag:blogger.com,1999:blog-8277014251774838512024-02-07T04:26:21.214+00:00Lets play a gameDesabafos e angústias de um adepto e sócio sportinguista.Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.comBlogger177125tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-71182520350011320772019-09-27T14:59:00.001+01:002019-09-27T15:10:08.477+01:00Os brunistas, os anti-brunistas e os sportinguistas que só querem um pouco de paz<div style="text-align: justify;">
Neste momento o Sporting Clube de Portugal é um clube minado e completamente partido, graças a dois grupos de autistas que teimam em digladiar-se numa luta sem fim.</div>
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De um lado estão os chamados "anti-brunistas", "croquetes" ou "sportinguenses", cujo único objectivo da sua luta é a de negar a história do clube nos últimos 6 anos, nem que para isso tenham de deturpar os factos. Para estes, Bruno de Carvalho deixou um legado destrutivo e catastrófico, quer do ponto de vista desportivo, quer financeiro. Todas as conquistas desportivas, títulos nacionais e internacionais conquistados, a recuperação da imagem de clube grande, tudo isto foi embrulhado e majestosamente ignorado. A época de 2018/19 foi a melhor dos últimos 17 anos, esquecendo as épocas de 2004/05, 2006/07 ou 2015/16, onde só não fomos campeões porque não nos deixaram. O "legado" de BdC continua a servir para desculpar uma das mais incompetentes direcções da história deste clube. Aos anti-brunistas não lhes bastou o auto-de-fé em que expulsaram de sócio o seu ódio de estimação. São os próprios que com a sua tendência natural para atacar BdC, alimentam o seu fantasma. São eles que ao falar da "pesada herança" não deixam os seus apoiantes fazer o luto e seguir em frente. São os primeiros a puxar-nos pela memória e a fazer-nos lembrar de como tudo era diferente (para melhor) há uns 2 ou 3 anos.</div>
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Do outro lado estão os "letais", "leais" ou "brunistas", cujo único clube que conhecem é o Sporting Clube do Bruno. Para estes, os 71% que votaram pela destituição são rabolhos travestidos de croquetes, com algum desequilíbrio mental. Não lhes passa pela cabeça que a larga maioria dos 71% que votou pela destituição, não votou contra o legado do BdC ou até contra o BdC. A larga maioria votou porque já estava enjoada, farta, nauseada, do massacre diário que se assistia na televisão ao nosso clube. Os 71 só queriam que o pesadelo acabasse, que se voltasse a discutir de bola, do jogador que sai ou entra. Sim, porque nem todos temos estofo de soldados, quanto mais aguentar um estado de guerra permanente. Para os "leais", essa guerra é a sua razão de existência. Para todos os outros não. Os 71% acreditavam que haveria tempos de guerra e tempos de paz. E por agora queriam a paz, a bem do clube e da sanidade da sua militância.</div>
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Para bem do Sporting Clube de Portugal, pela manutenção da saúde mental dos sportinguistas, peço aos dois grupos que abandonem o seu autismo suicida. Aos anti-brunistas peço-lhes que não nos façam de parvos nem nos tomem por crianças. Não tentem passar uma borracha e escrever por cima da história, porque nós não somos burros. Nem temos má memória, lembramo-nos muito bem de como estava o clube em 2013. E onde ele chegou nos anos seguintes. Vimos o caminho de pedras que foi palmilhado. Ignorar ou esconder isso chega a ser insultuoso. É infame e ultrajante.</div>
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Aos brunistas peço que não caiam no erro da luta suicida. Os kamikazes, por muita honra e bravura que tiveram, perderam a guerra. Tenham o bom senso de perceber que há um tempo para tudo. Há um tempo para a guerra e um tempo para a paz. Há alturas em que antes de darmos dois passos em frente, temos de dar um para trás. Se os anti-brunistas nos tratam como parvos, não é por vocês nos chamarem de parvos que serão melhores do que eles. Deixem de lado o insulto fácil, baixem a guarda. Se querem mesmo recuperar o legado que tanto defendem, comecem por fazê-lo nas instâncias legais. É preciso marcar uma AG para revogar a expulsão do BdC? Façam-no! Querem promover uma AG para destituir o Varandas? Avancem! Se o BdC, mesmo voltando a ser sócio, não quiser voltar à presidência? Organizem-se e arranjem alguém capaz de continuar o que de bom ele fez! Sem insultar, sem agredir, sem cuspir no vosso consócio. Bruno de Carvalho chegou lá assim, outros também o conseguirão, decerto.</div>
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Até que essa paz surja, não exijam resultados a jogadores ou equipas técnicas. Não é possível exigir compromisso e foco a um grupo, quando na bancada os adeptos andam à estalada.</div>
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Não tornemos Alvalade num inferno, pelos piores motivos.</div>
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Saudações leoninas!</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-86699663700984951622019-09-24T11:39:00.002+01:002019-09-24T11:39:21.660+01:00A bazófia varandense ou como pela boca morre o peixe<div style="text-align: justify;">
Regra de ouro: se não queres ser lobo, não lhe vistas a pele. Também não a vistas se não tens arcaboiço para tal. Podes dar-te mal.</div>
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Vem esta introdução a propósito do presidente do nosso clube, o tal que me disse a mim, em Agosto, para não estar preocupado. Sim, esse mesmo. Aquele que diziam que futebol era "fácil, fácil". </div>
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Começo por dizer que Frederico Varandas, enquanto médico do nosso clube, sempre me mereceu a mais elevada consideração. Depois de um inenarrável Gomes Pereira, onde tudo o que era aleijado e perneta passava nos testes médicos, sem falar as lesões crónicas que se arrastavam pelos corredores, Varandas surgiu como uma lufada de ar fresco no departamento médico. Como ele apareceu lá, não vou comentar. Com ou sem cunha, Varandas foi um excelente profissional e por isso merecedor de toda a estima do universo leonino.</div>
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Diz também outro ditado que "em arca aberta, o justo peca" ou "a ocasião faz o ladrão". Trocado por miúdos, diria que o sempre sábio povo quis assim caracterizar aquela coisa tão humana que é de ceder às tentações, quando elas nos aparecem à frente. E essas tentações surgem no futebol de diversas maneiras, todas elas muito apelativas: sob a forma de um contrato chorudo que lhe acenam de um campeonato mais competitivo, ou aquele reconhecimento público em festas e saraus, só ao alcance das personagens mais mediáticas. Enfim, lá saberão porque dizem que as luzes da ribalta são intensas e ofuscam quem delas se aproxima. </div>
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Foi o que aconteceu em Maio de 2018 com Frederico Varandas. No meio de uma das tempestades mais violentas que assolou o território leonino, alguém soprou ao ouvido do respeitado e consagrado médico que estava ali uma oportunidade de ouro. Varandas, é fácil de imaginar, terá numa primeira fase afastado essa voz sussurrante, tal o temor que lhe inspiraria a ideia de tomar conta de um clube em cacos. Mas da mesma forma que o canto sussurrante das sereias guiavam os barcos dos inauditos viajantes contra as pedras, também o nosso consagrado médico se deixou hipnotizar perante outros "cantos de sereia". Viu ali a "arca aberta" da oportunidade de ascender a presidente do seu clube. De repente, todo aquele temor inicial se desvaneceu, os seus olhos arregalaram-se perante a prespectiva de se sentar na cadeira presencial, sentindo uma leve tesão com a ideia de deixar de ser tratado como "senhor doutor" e passar a ser o "senhor presidente". E foi assim que, ainda a poeira em torno de Alcochete andava pelo ar, surgiu-nos pela frente o doutor Varandas, qual Dom Sebastião a atravessar o nevoeiro, recebido logo pela comunicação social maldosa como herói providencial da nação leonina. Quando o leão deveria estar recolhido no seu covil a lamber as feridas, Varandas preferiu romper com tudo e declarar guerra. Foi o primeiro a mandar às malvas a tal "união" que agora defende, apresentando-se como candidato de umas eleições que nem sequer estavam cogitadas. Marcou um passo claramente maior que a sua perna.</div>
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O jovem médico, quiçá para demonstrar a sua faceta de herói duro e único com estofo capaz de reerguer a nação leonina, uma espécie de Churchill do Sporting, resolveu vestir a sua pele de lobo. O problema, logo para começar, é que Varandas não é "lobo". Não tem estrutura mental, arcaboiço intelectual ou conhecimentos empíricos de futebol para ser um "lobo". Ao contrário de Bruno de Carvalho, com quem Varandas se queria equiparar, o ex-médico não tem dom de palavra nem de oratória, não tem estofo para tomar uma decisão da qual possa resultar uma crise contra meio mundo desportivo. Varandas não despediu Keizer no final da época passada porque não tinha estômago para enfrentar as indignações dos Abrantes Mendes desta vida. Não foi até às últimas consequências com os processos de rescisão porque teve medo de perder a acção, mesmo sabendo que também a poderia ganhar. Preferiu aproximar-se de Jorge Mendes do que manter os princípios do Sporting. Nos momentos decisivos, Varandas encolhe-se. Tal como ontem Leonel Pontes se encolheu e tirou Vietto da equipa. Neste momento temos um clube que é o espelho de quem o dirige, isso é inegável.</div>
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Pelo meio, para dar mais crédito à sua pele de lobo, o cordeiro Varandas enveredou naquele caminho patético que encontra respaldo em muita "elite" croqueteira: aquela bazófia bacoca, importada do outro lado da segunda circular, que não é mais do que uma tentativa de infantilizar os sócios leoninos. Essa bazófia do "fácil, fácil", "não estou preocupado" ou "temos uma grande equipa", mais não serviu do que atirar areia para os olhos de todos aqueles que assistem espantados e consternados à queda abrupta da qualidade da nossa equipa de futebol. Há dois anos ombreavamos em Alvalade contra Juventus ou Barcelona. Hoje somos trucidados em casa por qualquer clube que saiba circular a bola e explore as nossas fragilidades defensivas. Fácil, não é?</div>
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Mas se a bazófia croquete de um Pedro Madeira Rodrigues foi facilmente desmascarada e ridicularizada pelo universo leonino, já a de Varandas custou-me que tenha sido aceite e engolida pelos sócios, pois um olhar atento pela campanha eleitoral já deixava adivinhar essas fragilidades no ex-médico. Por isso defendo que o mandato de Varandas seja levado até ao fim, para todos aqueles que o apoiaram e nele votaram sintam bem as consequências dos seus actos.</div>
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Quanto à presente época, onde à sexta jornada já estamos a 8 pontos do primeiro lugar, só peço uma coisa: um treinador competente e de renome, com pulso forte, para impedir que aquele balneário fique mais estraçalhado que a cidade da Kandahar.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-12454120138664695762019-09-20T11:35:00.002+01:002019-09-20T11:35:44.666+01:00Varandas e a ética merdosa, da elite merdosa<div style="text-align: justify;">
Na vida deparamo-nos com vários tipo de situações: as chatas, as tristes, as alegres ou as efusivas. Também há outro tipo de situação que não consigo nomear, mas que posso descrever: é aquele misto de sensação em que estamos de tal modo amedrontados com o que possa acontecer, que ao mais pequeno brilho de sol quase que rebentamos de euforia. É uma espécie de síndrome de Estocolmo, mas amplificado a uma escala quase infinita.</div>
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O Sporting tem-me proporcionado momentos em que passo por esse tipo de situações. Fico alegre com cada vitória nossa e um dos momentos mais efusivos da minha vida terá sido com o golo do Miguel Garcia ao Az Alkmaar ou do André Cruz ao Salgueiros, a 14 de Maio de 2000. Também me proporcionou coisas chatas, como aquele empate em Setúbal há dois anos, nos últimos minutos. Mas ultimamente tem-se aprimorado em proporcionar momentos tristes aos seus adeptos. O jogo contra o Boavista foi de uma tristeza sem fim, como tantos outros jogos que fizemos nestas últimas semanas. Quanto à situação de Síndrome de Estocolmo elevada à décima potência, passei por ela ontem. Dei por mim a ouvir deliciado o comentário cândido e simpático do comentador de serviço da SIC, relatando coisas como "até nem estão a jogar mal", "bom inicio de jogo", "controlo sobre o campo", quando o que eu via na TV era o Sporting a jogar contra um banal PSV, que sem grande esforço marcou 3 golos em jogadas que pareciam saídas de jogos de treino contra equipas inferiores. Cheguei ao ponto de exuberar com a exibição de uma equipa só porque ela conseguia transportar a bola da defesa para o ataque em 3 ou 4 toques de bola. Rejubilei de satisfação por ver que o nosso meio-campo conseguiu ontem falhar menos saídas para o ataque do que tem sido costume. E a cereja em cima do bolo, que foi a entrada de um avançado jovem, que por razões que se desconhecem não foi inscrito na Liga, mas que ao fim de 70 segundos em campo fez o que mais ninguém em campo estava a conseguir fazer: marcar um golo.</div>
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Hoje, encaro um jogo do Sporting assim mesmo. Só espero que façam umas jogadas bonitas ao longo dos 90 minutos, que falhem poucos passes e que tenham vontade em contrariar a tendência negativa dos jogos. Mas só isso não chega. Acho que ontem até jogámos um poquito melhor que no Bessa (ou menos mal, se preferirem), mas só isso não chegou para impedir a derrota diante de um adversário que jogou a passo a maior parte do tempo.</div>
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As coisas poderiam ter sido muito diferentes se quem comanda o clube percebesse que no futebol não ganham as boas intenções, nem aquela ética bacoca que uma determinada elite ainda hoje defende para o nosso clube. Quem ganha é quem tem os profissionais mais competentes, mais sabedores e mais trabalhadores, sejam eles os directores, os médicos, os treinadores ou os jogadores. Logo à cabeça surge-nos a questão do treinador, cuja (falta de) competência para treinar o Sporting já havia sido demonstrada na época passada. Justificar a sua continuidade com a desculpa de que não se deveria despedir alguém que ganhou duas taças, é um argumento cobarde e intelectualmente indigente. Cobarde, porque revela falta de coragem que quem decide em assumir o óbvio. Intelectualmente indigente, porque revela a fraqueza de espírito desta gente, que preferiu esconder-se atrás de uma ética duvidosa do que assumir a vontade em ter uma equipa ganhadora. A mesma ética duvidosa que muitos defenderam, em 2015, para não se despedir Marco Silva, que havia ganho sofrivelmente uma taça, coroando uma época onde a produção desportiva foi pouco mais que medíocre. A mesma ética que impediu o Sporting de ter procurado treinador mais capaz do que o sofrível Paulo Bento e os seus meritórios segundos lugares ou que defendia a continuidade de Peseiro na época passada, porque ele era uma pessoa simpática e coiso.</div>
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Será que esse tipo de decisões, tomadas contra essa ética merdosa do nosso clube e alimentada por uma elite não menos merdosa, só poderão ser tomadas por presidentes "aditivados" e mentalmente desequilibrado? Será muito pedir um presidente com personalidade forte, que saiba o que quer e não tenha medo de pensar e tomar decisões pela sua própria cabeça?</div>
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Não sei o que o nosso departamento de futebol pensa neste momento. Mas há um pensamento que me invade e me prende os movimentos, tal o pânico que me inspira. Leonel Pontes, já se viu, não tem arcaboiço para estas andanças. Mas se por ventura tiver a sorte de lhe cair um ou duas taças no colo, arriscava-se a continuar treinador para a próxima época. Pelo sim, pelo não, aconselho Hugo Viana e companhia a procurarem um excelente treinador para pegar na equipa já durante esta época, não vá o Leonel ganhar mesmo as taças e depois, lá está, terem de o manter para a próxima época, porque despedir um treinador assim não é "bonito".</div>
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Já não peço contratações de bons jogadores, nem inscrição dos nossos jovens na Liga. Só peço um bom, excelente treinador para disputar o que falta desta época com a dignidade que o nosso emblema merece. Temo muito que se isso não acontecer, Varandas dificilmente terá oportunidade em preparar mais épocas, enquanto presidente.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-75020004763188647802019-09-01T19:37:00.002+01:002019-09-01T19:37:15.158+01:00#XauKeizer e outras pérolas da estrutura fantástica<div style="text-align: justify;">
Quando no domingo passado chegou ao fim o nosso jogo com o Portimonense, ri que nem um desalmado. Acabávamos de chegar ao primeiro lugar, jogando um futebol miserável, previsível, onde a única táctica coerente é a de "passa ao Bruno que ele resolve enquanto corre com a bola".</div>
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Apesar de saber que aquela liderança era tão normal como a do Famalicão no final desta jornada, não pude deixar de sentir aquela sensação que o futebol ainda nos consegue ir dando. Aquela sensação de "então e se...". Imaginei um Keizer de mangas arregaçadas, a correr ao lado dos seus jogadores puxando por eles, enquanto lhes gritava "<i>run, run motherfuckers, the title its in front of you, go catch it</i>". Imaginei o Beto e o Hugo Viana a colar excertos das notícias da derrota da Supertaça ou excertos dos mails do benfica nos cacifos dos jogadores. Imaginei um leão a lamber as suas feridas, a olhar para si próprio e dizer "sim, eu quero, eu consigo, vamos lá".</div>
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Tudo não passou de um lindo sonho de verão. Keizer continuou preso na sua teia de autismo e apatia, demonstrando uma ambição digna de uma anémona ou de uma tulipa holandesa. Como se temia, bastou apanhar pela frente uma equipa minimamente organizada, com qualidade na circulação de bola e matreira o suficiente para explorar as costas da nossa defesa, para toda a nossa estratégia se desmoronar como um castelo de cartas.</div>
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A sorte de Keizer é que o Sporting ainda não conseguiu despachar todos os seus bons jogadores. Tem-se esforçado para isso, mas alguns ainda vão ficando e aguentando o barco. Ontem, mais uma vez, lá teve de vir o Bruno Fernandes rebentar a defesa vila-condense e empatar o jogo, enquanto na segunda parte, após um ressalto de bola, Luis Phellype só teve de encostar para o segundo golo. Estava consumada a reviravolta, mas no estádio pairava aquela ideia de que tudo tinha caído do céu aos trambolhões. Keizer parecia ofuscado com tanta felicidade e lá decidiu que o melhor seria reter a bola no meio-campo e tentar acalmar o jogo, em vez de aproveitar o embalo da equipa e tentar matar o jogo a trinta minutos do fim.</div>
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O resto é sabido. O Sporting decidiu continuar a deixar de jogar, entregando a posse de bola ao adversário. Pelo meio, Keizer não soube equilibrar a equipa de forma a ela não ficar em desvantagem nos duelos do meio campo. Carvalhal cheirou o medo do seu adversário e foi com tudo para disputar o resultado nos últimos minutos. Coates é tão somente o espelho deste Sporting: perdido, desorientado, animicamente quebrado. E éramos nós os lideres da liga.</div>
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Pelo caminho, o padre de serviço fez-lhe o que competia. Decidiu sempre contra os mesmos nos lances duvidosos. Mas fica por aqui a minha crítica à arbitragem. Não consigo falar de arbitragem quando esta derrota é fruto único e exclusivo da nossa (falta) de atitude. Fosse com ou sem penaltis, não conseguiríamos ganhar este jogo porque o nosso treinador não teve ambição para tal. Mesmo que o Acuña até conseguisse meter aquela bola dentro da baliza, cairíamos no próximo jogo pois este treinador simplesmente não tem mentalidade vencedora, não é um campeão.</div>
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E a nossa direcção, como fica no meio disto tudo? Fica mal, como é óbvio. Keizer foi uma escolha pessoal do presidente e anunciado como peça fundamental da sua estrutura para o futebol. Ao fim destes meses todos até dói pensar nisto. Acredito que Keizer, antes de chegar a Portugal, soubesse tanto do Sporting e do futebol português como eu sei do Ajax e do futebol holandês - Pouca coisa. Mas para isso mesmo é que serve uma estrutura para o futebol. Hugo Viana e Beto estão lá para, entre outras coisas, explicar que o Rio Ave faz-nos sempre a vida negra em Alvalade e que Carvalhal é dos treinadores mais experientes do futebol português. Estão lá para explicar que o Sporting joga sempre, SEMPRE, para ganhar. Para lhe dizer que em Portugal é demasiado fácil marcar-nos três penaltis contra, termos mais cartões amarelos e jogadores expulsos do que os nossos rivais directos. E se Hugo Viana ou Beto não servem para isso, <b>bolas!!!!</b>, está lá o Varandas, que assistiu a isto tudo durante anos a fio sentado no nosso banco de suplentes. </div>
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E a cereja em cima do bolo, da nossa tal estrutura que Varandas prometia ser fantástica, é a incapacidade de conseguir contratar um trinco ou um ponta de lança com o mínimo de capacidade para jogar de inicio na nossa equipa. Pelo contrário, desbarataram os melhores que lá tínhamos: Nani, Montero, Bas Dost, agora Raphinha, e veremos como será com Bruno Fernandes. Pelo caminho ficou a prometida aposta nos jovens, que se esfumaçou assim que o estágio suíço terminou. </div>
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A menos de cinco horas do fecho do mercado rezo à espera que a maravilhosa e ultra fantástica estrutura de futebol do Varandas desencante um ponta de lança e um trinco com capacidade para jogar no onze inicial. E que tenha a lucidez de perceber que com este treinador não vamos a lado nenhum, que temos de ir buscar outro com outro perfil.</div>
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Por fim uma palavra para o estado do nosso clube. Estamos compulsivamente a vender, em alguns casos mesmo em modo "saldos". Foi a venda de Bas Dost, com números ridículos, foram as saídas a custo zero de vários excedentários do plantel, é a tentativa quase desesperada de despachar Bruno Fernandes, foi agora este empréstimo de Bruno Gaspar a um clube com quem estamos em litígio, sem qualquer contrapartida financeira para o nosso lado. E agora parece que nos preparamos para vender aquele que tem sido o nosso melhor extremo no início do campeonato. Porquê esta postura frenética de vendedor compulsivo? Há alguma coisa nas contas do clube que não sabemos? O que é que mudou nas últimas semanas? Não concretizámos o empréstimo obrigacionista? Não conseguimos acordo com uma entidade bancária para fazer o factoring do contrato da NOS? Ou a direcção dá uma explicação cabal sobre esta loucura dos últimos dias ou então sinto-me tentado a acreditar que existe mesmo um plano para desfalcar o plantel, com o intuito de desvalorizar a SAD... e todos sabemos como terminaria essa história. </div>
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Frederico Varandas cada vez mais se assemelha a um daqueles betos arrogantes e bazófias da Lapa, que acha que é o maior porque o pai lhe ofereceu um Maserati. O futebol era o mais fácil, a sua estrutura a melhor do mundo, ele o messias salvador do clube. Esperemos sinceramente que Varandas desça à terra nas próximas horas e perceba onde lançou o clube. A continuar desta maneira, não lhe auguro melhor destino do que Godinho Lopes em 2013. </div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-74304111900388871812019-07-06T16:48:00.003+01:002019-07-16T15:41:06.443+01:00As coincidências desta vidasNão quero saber de nada e tenho raiva de quem sabe. Não, para mim chega. É demais.<br />
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Estou farto de lutas fratricidas, de guerras de trincheira, daquele maniqueísmo destrutivo que "ou és brunista ou és croquete", como se pelo meio não houvesse mais nada senão terra queimada. Mas há. No meio está o clube, o nosso clube, o Sporting Clube de Portugal. Enquanto toda esta lama se continuar a arrastar, quem sofre é o clube. E são aqueles adeptos que, como eu, só querem que o Sporting ganhe o próximo jogo.</div>
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Jurei para mim próprio que não veria um minuto de um noticiário, nem iria ler uma palavra de um jornal. Mas a realidade tem essa faceta que detestamos, mas que existe. Por muito que queiramos, a realidade esmaga-nos. E, ironia das ironias, esmaga-nos sempre pela forma que menos esperamos.</div>
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A mim esmagou-me pela forma de um programa televisivo chamado "Alta definição", um programa brilhantemente conduzido por Daniel Oliveira, cujo único objectivo é por o entrevistado a chorar e a lançá-lo aos espectadores com uma aura de empatia. Lembro-me de diversas entrevistas de Daniel Oliveira com diversas figuras da nossa vida pública, desde actores, políticos, jornalistas e desportistas. Lembro-me de Patrícia Mamona ter lá ido, assim como me lembro da excelente entrevista que conduziu com o Éder. Esta em especial, ao patinho feio da selecção, foi das mais brilhantes, pela forma como apresentou ao país o lado humano de um jogador de futebol que é constantemente gozado mas que se transformou no herói de uma nação.</div>
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A história do Éder não é muito diferente de um outro futebolista, que até há bem pouco tempo era conhecido pelo "franguício". O "franguício" que mal sabia falar mas cujo clube o obrigava àquela humilhação pública de ter de dizer ao país que "paciência, perdemos outra vez, mas vamos levantar a cabeça". Sim, aquele "franguício" a quem a Sagres chegou a fazer uma célebre publicidade, onde o punha no grelhador "a virar frangos". Já te lembras de quem estou a falar? Sim, esse mesmo "franguício", que depois passou a ser o melhor guarda-redes dos campeonatos que se seguiram, foi um dos salvadores da nossa selecção na final do Europeu de França, que preferiu esconder-se nos festejos a ter de assumir um protagonismo que deveria ser seu por direito. Esse mesmo, o tal que quando a selecção foi recebida em Belém, o Presidente se referiu como "tão importante como quem marca o golo decisivo, é quem não deixa que nos marquem golos decisivos". Ah, o velho Marcelo, naquela pose de bom cristão, a dar o foco da celebridade a quem sempre se escondeu.</div>
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Franguício, aliás Rui Patrício, merecia esta entrevista há pelo menos 3 anos. Não só esta, mas várias. Merecia que lhe perguntassem como aguentou toda a pressão de, ao mesmo tempo ser um dos melhores jogadores do seu clube, mas ao mesmo tempo ser alvo da chacota dos rivais e dos canais de propaganda dos rivais. Foi preciso que tivesse saído do Sporting Clube de Portugal para que, finalmente, tivesse o palco à sua medida. Se o preço que tivemos de pagar pela sua deserção se consubstanciasse na concretização do seu reconhecimento enquanto grande futebolista e pessoa capaz de ter atravessado constantes ataques à sua pessoa, então valeu a pena que tivesse rescindido. Por isso já fiquei feliz.</div>
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O facto desta entrevista ter ocorrido no dia que ocorreu, apenas me leva a pensar numa palavra: coincidência. Tudo coincidência. Deixamos de ser um clube que se bate em campo e que fora dele defende acerrimamente os seus interesses, para um clube simpático, de jogadores simpáticos, de gente simpática, mas que desportivamente está ao nível de disputar o terceiro lugar com os Bragas desta vida. </div>
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Diz que hoje vai haver uma assembleia geral importante para o clube. Parecem que querem expulsar uns sócios, que mandavam no clube no tempo em que aquele que é hoje o grande jogador Rui Patrício era o triste "Franguício". Coincidência, certamente. E logo obra de gente simpática. E todos sabemos que gente simpática não expulsa ninguém, pois não?</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-82252982499901624162019-05-01T10:52:00.000+01:002019-05-01T10:59:55.862+01:00De manhã começa o dia...<div style="text-align: justify;">
Foram dois grandes jogos. Primeiro contra a nossa besta negra do futsal, o Inter Movistar. Não nos debatíamos só contra o campeão europeu, também lutávamos contra aquela fatalidade que atinge sempre o nosso clube nos momentos decisivos. Ou "À terceira era de vez" ou "Não há duas sem três". E nisto dos adágios populares, sai-nos sempre o pior na rifa. Quis a História (e o empenho dos jogadores e equipa técnica) que passássemos esse Bojador que é a equipa de Ricardinho. Faltava-nos passar o cabo das Tormentas e transformá-lo na nossa Boa Esperança. E se há clube no mundo que consegue passar o difícil para se estatelar no fácil, esse clube é o Sporting. Mas os nossos não tremeram. Mandaram às malvas todo o fatalismo e maus presságios que nestas alturas se levantam e arrancaram para uma vitória épica e histórica.</div>
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A festa no Cazaquistão foi bonita, assim como foi a sua continuação em Lisboa, mesmo sem espera no aeroporto. Foi uma tremenda manifestação de sportinguismo, que não se via desde sei lá quando. Numa altura em que o clube vive uma guerra fratricida, a falta que faz uma festa destas. Foi bonita, linda, espetacular e tantos outros adjectivos que me faltam para caracterizar aquela grande festa.</div>
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Parece no entanto que no meio de tanta hora de festa, algures no turbilhão de alegria e excitação que estas celebrações demonstram, alguém decidiu cantar uma música que fala de foder lampiões logo pela manhã. Foi o suficiente para lá termos de levar com aquela até então silenciosa mas ressabiada mancha negra do nosso vizinho da segunda circular. Lampiões indignados com aquele cântico, rasgavam as suas vestes como o Macaco em Vila do Conde. Clamavam por ouvir uma condenação da nossa parte, ao mesmo tempo que nos chamavam pequeninos por não nos esquecermos deles no momento dos festejos.</div>
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Se há coisa que os nossos vizinhos detestam, é ver os outros festejar seja o que for. O episódio de ligar o sistema de rega do relvado enquanto o porto festejava a vitória é paradigmático. As capas dos jornais desportivos afectos ao benfica, no dia seguinte a vitórias europeias de outros clubes, também é disso um bom exemplo. No final de contas, a sua postura não é muito diferente dos adversários, que também ficam azeados quando é o benfica que ganha. A diferença é que uns assumem a rivalidade, enquanto outros atiram-nos com a treta dos dois clubes de Portugal, o benfica e o anti-benfica, preferindo vomitar a sua bílis escondidos, ficando à espera de uma qualquer pretexto para sair do seu esconderijo e impingir-nos a sua pseudo-moralidade falsa e arrogante.</div>
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O clube cujos adeptos imitam constantemente o som do very-light, cantam com alegria "a cabeça do Ficcini" ou "deixem a lagarta morrer", está indignado por uns minutos de música numa festa só nossa. Dizem-me que é diferente, que o very-light ou a cabeça do Ficcini só são entoados nos jogos contra nós, enquanto nós cantamos "quem não salta é lampião" até quando jogamos contra o Oleiros. Como se fosse atenuante cuspir-nos na nossa cara, em vez de nas nossas costas. Ou, mais gritante ainda, se "foder lampiões pela manhã" fosse tão grave como cantar sobre mortes que ocorreram. "Ah e tal, mas foi o vosso speaker que começou, logo é uma posição oficial do clube!". Perante este argumento lampiónico, digo apenas que João Gabriel e o Folclore se estarão a rir às gargalhadas.</div>
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Fico incomodado quando oiço cânticos a chamar macaco ao Eusébio ou quando vieram com a Chapecoense num jogo de hóquei contra o porto, porque estamos a insultar uma pessoa directamente de forma ignóbil ou porque estamos a trazer à baila uma tragédia que aconteceu. Agora, num meio onde é usual ouvir-se e gritar-se palavrões, ter de levar com gente indignada por causa duma música onde está um "foder", é caso para se dizer: Bardamerda para vocês todos.</div>
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Quanto ao facto de cantarmos "quem não salta é lampião" ou "de manhã começa o dia, a foder os lampiões", tenham paciência. Vocês são nossos rivais e não gostamos de vocês. Assumimos isso há muito tempo. Rivalidade é isto, é picarmos os outros, sem termos de ser rasteiros. Porque depois, ao final do dia, lá estaremos todos juntos a beber minis no café da esquina. </div>
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Não somos hipócritas para dizer que não falamos dos outros. Somos sinceros.</div>
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Não somos sobranceiros para dizer que estamos acima das rivalidades. Assumimos essa rivalidade.</div>
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Não somos arrogantes ao ponto de afirmarmos que não ligamos aos rivais. Sem rivalidades o futebol teria tanta paixão como o campeonato nacional de mini-golf.</div>
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Somos nós. Somos sportinguistas.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-57147059212575787442019-03-31T19:05:00.000+01:002019-03-31T19:05:59.756+01:00E novidades, há?<div style="text-align: justify;">
Hoje resolvi sair da letargia a que me votei nestes últimos tempos, para tentar perceber se há novidades no mundo sportinguista.</div>
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Começamos pelo nosso treinador, o bem falante, bom desportista e entendedor Marcel Keizer. O holandês lembra-me aqueles professores do secundário, a quem reconhecemos qualidades comunicativas, que conseguem levar-nos a fazer introspecções para conhecermo-nos melhor a nós próprios. Ou seja, brilhantes académicos mas que nunca puderam os pés no mundo real. Keizer é isso mesmo, um académico cheio de grandes ideias e concepções utópicas do mundo futebolístico. Mas depois chega a hora de meter os pés na rua e é ver Gudelj a arrastar-se em campo, até que o mestre da tácita académica chegue à conclusão que já deu tempo a mais ao adversário (mais de 60 minutos) e lá lança Doumbia.</div>
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Mas nem tudo está mal com Keizer. Ontem voltou a lançar Jovane em campo, com tempo suficiente para o jovem conseguir fazer algo de útil no jogo e agitar as águas. Faltou lançar Geraldes aos 90 minutos, ficando aqui a dúvida se não o fez porque entretanto foi obrigado a meter Gaspar no jogo ou porque já nem para isso Geraldes conta. </div>
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Quanto a voltarmos a ver Bruno Paz a jogar, ou até Pedro Marques, Joelson, Thierry, entre outros, parece-me que teremos de esperar por muito tempo. O discurso de Keizer até entusiasma, pois dá a ideia de que estes jogadores contam para o holandês. Mas lá está, no final é Gudelj e mais dez e o resto é conversa. Perante a expectativa de ver Keizer mais uma época no nosso banco, sinto a mesma alegria que sentiu Maria Antonieta a subir os degraus em direcção à guilhotina.</div>
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Durante o jogo, mais uma arbitragem inacreditável de um dos melhores representantes desta nova geração de árbitros. O lance sobre Raphinha é duvidoso, mas transformar um corte limpo de Ristovski numa agressão é estúpido, absurdo, indigente, idiota. Pegar num lance onde o jogador vai unicamente à bola, derrapando depois e acertando sem maldade no adversário, e transformá-lo numa agressão, quando no mesmo jogo há pelo menos duas sarrafadas às pernas de jogadores flavienses a Bruno Fernandes, é pura maldade. </div>
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Mas isto é a posição que o poder instituído quer que seja a posição do Sporting. Quanto mais em baixo estamos, mais prazer tem em nos pisar. No ano do sétimo lugar, lembro-me de inúmeros lances parecidos com este, como aquela expulsão inacreditável de Dier em Vila do Conde, por exemplo. Pisam-nos com requintes de malvadez, mas depois assomarem às televisões e, com o ar mais hipócrita do mundo, dizerem que faz falta um Sporting forte ao campeonato português.</div>
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E perante isto, o que diz o nosso presidente? Nada. Não diz nada (é melhor assim) e nem faz nada. Na final-four da Taça da Liga teve um assomo de coragem e atacou (e bem) a hipocrisia bracarense, para depois meter o rabinho entre as pernas assim que Salvador subiu o tom da sua voz. Os acontecimentos de ontem mereciam uma veemente tomada de posição da nossa parte, daquelas que dão origem a castigos de um mês. Mas não, quem nos preside lá entende que é melhor assim, seguirmos o nosso caminho serenos e silenciosos, pois muito provavelmente saberá que o pior ainda estará para vir...</div>
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Ao fim deste tempo todo de silêncio pergunto-me "E novidades, há?".</div>
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E lá chegou à triste conclusão que mais vale recolher à minha triste letargia, restando-me cumprir com dignidade a minha anónima missão de apoiar o Sporting Clube de Portugal. Quando houver novidades, apitem.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-86602415722904716812019-02-05T14:14:00.000+00:002019-02-05T14:14:38.014+00:00A Tragédia<div style="text-align: justify;">
A tragédia do passado domingo não começou naquele dia. Para contarmos a sua história, temos de recuar até ao Verão de 2018. Algures entre Junho e Agosto.</div>
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Em finais de Junho de 2018, estava a nação sportinguista empenhada na luta fratricida que resultou na destituição de Bruno de Carvalho como presidente do Sporting Clube de Portugal. A comissão de gestão que assumiu transitoriamente a direcção do clube, bem como a administração da SAD que esta nomeou, tiveram em mãos a tarefa hercúlea de iniciar a preparação da época a mês e meio do seu inicio.</div>
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Com a maior parte dos melhores jogadores do plantel de abalada, com o despedimento do treinador contratado pela direcção anterior, com a tesouraria da SAD embargada devido ao adiamento do empréstimo obrigacionista, parecia estarem todas as condições reunidas para que esta época fosse uma época não de zero, mas de -1, como foi a de 2013/2014. Ninguém no seu perfeito juízo poderia exigir-nos a conquista do título de campeão nacional 2018/2019, pelo que poderíamos enfrentar toda a época sem essa constante pressão de sermos os melhores. Sem o chato do anterior presidente para apertar com os meninos, e com os candidatos a presidente a darem de barato esta época como perdida, parecia estar tudo preparado para um reset no Sporting.</div>
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Com JJ fora, havia condições para voltar a apostar na nossa miudagem, até porque as rescisões do verão criaram um imenso espaço para eles. A falta de folga na tesouraria era uma desculpa mais que aceitável para justificar um parco investimento do plantel. A contratação de Peseiro para treinador principal era o primeiro motivo de desconfiança, mas face à baixa fasquia com que iniciávamos a temporada, até era aceitável o seu regresso a Alvalade.</div>
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Durante o verão chegaram algumas boas notícias. Afinal Bruno Fernandes, Bas Dost e Bataglia voltaram atrás na sua decisão de rescindir unilateralmente, ajudando a emprestar alguma qualidade ao tal reset que teríamos de fazer este ano. Mas foi sol de pouca dura.</div>
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Incompreensivelmente, a SAD liderada por Sousa Cintra preferiu enveredar por outros caminhos. Dispensaram-se jogadores da casa e acarinhados, como Francisco Geraldes, Matheus Pereira, Demiral, Domingos Duarte, entre outros, para abrir espaço a Gudelj, Sturaro ou Diaby. Nani, apesar de pouco acrescentar à equipa, vale pelo facto de ser um dos nossos símbolos. </div>
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Depois começaram os nós górdios. Primeiro a novela Sturaro, muito mal contada e que espero que não tenha nada a ver com a ida de Ronaldo para a Juventus. Depois as cegadas com o estágio da pré-época e os jogos de preparação. A novela Viviano logo no primeiro jogo oficial. Por fim, a fraca qualidade exibicional da equipa. Qualquer semelhança entre este Sporting e o de 2013/2014 era pura coincidência. Coincidência mesmo era o facto de termos começado na frente, fruto das vitórias arrancadas a ferros nos primeiros jogos, bem como de um empate sufocante na Luz.</div>
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Diz a Lei de Murphy que se alguma coisa pode correr mal, então vai correr mal. E nunca um clube do mundo tem tanta apetência por comprovar as Leis de Murphy como o Sporting Clube de Portugal. O resto já todos sabem: um arrastar tenebroso ao longo da época, apenas intervalado pela leve esperança de um interlúdio holandês da nossa sina.</div>
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Marcel Keizer prometeu muito e ainda hoje choro baba e ranho quando tento saber do que foi feito daqueles jogadores que deram aquele recital de bola em Vila do Conde. Mas numa época marcada por equívocos, também Marcel Keizer se enrolou neles, ao ponto de hoje não sabermos o que é que quer para esta equipa. Não vou aqui analisar a sua abordagem ao nosso último jogo, pois não tenho paciência nem vontade para essa auto-mutilação. Dou apenas este exemplo: quando a perder por 1-4, Keizer decidiu-se a fazer a segunda substituição por volta dos 80 minutos, fazendo entrar Petrovic em jogo. Já o médio despia o fato de treino, quando Diaby marca o golo que lhe seria anulado. Keizer, desistiu de meter Petrovic, convencido que "só" teria de recuperar dois golos, quando se apercebe da decisão do VAR de anular o golo. Voltando à estaca zero, seria de esperar que Keizer recupera-se a ideia anterior de lançar Petrovic. Mas não, afinal parecia haver um plano B (ainda estou a tentar perceber como iria implantar o plano A), e aos 85 minutos lá resolveu lançar Jovane Cabral na equipa, para o lugar de... Raphinha.</div>
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Eis a tragédia.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-22913595290993292112019-01-14T16:40:00.000+00:002019-01-14T16:40:02.767+00:00#NotKeizerBall<div style="text-align: justify;">
Poucochinho.</div>
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Antes do jogo, ouvi muito sportinguista a lamuriar-se da tragédia que estaria prestes a chegar. Sérgio Conceição iria entrar com tudo em jogo e só a ajuda divina nos poderia impedir de sermos goleados no nosso próprio estádio. O jogo em si não revelou a tão temida humilhação em casa. Pelo contrário, até foi equilibrado. Quem não soubesse da classificação das duas equipas até seria tentado em concordar que, pela forma como decorreu a partida, o empate satisfez as duas equipas. Aqui começaram os nossos problemas.</div>
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Tarde fantástica de Janeiro, com muito sol, muita gente, muitas famílias a deslocarem-se ao estádio, numa tarde onde revivi os clássicos vespertinos nos idos anos 80. A hora do jogo confirmou tudo aquilo que sempre soubemos mas que alguns teimam em ignorar: o futebol disputado à luz do sol faz toda a diferença. O ambiente estava propício a um grande espetáculo de futebol, com o estádio cheio e as claques a puxar pelos seus clubes. Infelizmente o futebol jogado não correspondeu à envolvência. Poucas oportunidades de golo, num jogo mais tático do que espetacular. No final o empate não nos serviu para nada que não a constatação do óbvio, de que este ano, em matéria de primeiro lugar, estamos conversados. O resto logo se verá.</div>
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Pedir a uma equipa onde Jefferson, Bruno Gaspar, Gudelj e Diaby são titulares, com duas substituições forçadas pelo meio, que ganhasse ao porto, já saberíamos que não seria tarefa fácil. Mas estando nós a uma distância já tão considerável da frente, e estando a jogar em casa, pedia-se mais à equipa que o mero controlo do seu adversário. Insistir na titularidade de Diaby com Raphinha já recuperado, soa-nos pouco racional. Marcel Keizer teve um momento no jogo, já na segunda-parte, onde poderia ter arriscado e trocava o lesionado Wendel por Jovane ou Luiz Philippe, forçando um assalto final à baliza de Casillas. Arriscava dar espaço ao adversário e até a perder o jogo, mas para quem privilegia o futebol de ataque, não esperava outra coisa. Até porque, nesta altura estar a 8 ou a 11 pontos do primeiro seria quase a mesma coisa. Mas estar a 5 ou a 8 pontos faria muita diferença. Se Keizer espera mesmo que o porto perca 8 pontos nesta segunda volta (ou até 10 ou 12, vá) continua a demonstrar que não conhece a realidade do futebol tuga. Nem tem a seu lado que lhe explique.</div>
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Keizer não passou de treinador bestial para banal, mas tem havido nestes últimos jogos alguns equívocos da sua parte que me tem deixado com a pulga atrás da orelha. É certo que já as goleadas contra Aves e Nacional foram enganadoras, pois foram precedidas de entradas em falso da nossa equipa. Mas nestes dois casos houve força e engenho para dar a volta. Ver a incapacidade de criarmos situações de perigo em Guimarães e em Tondela, bem como o entorpecimento da equipa durante o jogo contra o porto, deixa-me derreado. O que mais me irrita nisto tudo, é que com tanta esperança na mudança da filosófica de jogo, chamando inclusivamente mais a jogo os nossos miúdos, voltamos a jogar o mesmo futebol que jogávamos quando Peseiro era o treinador. Keiser tem agora a oportunidade de ouro para demonstrar o que vale enquanto homem do futebol. Se tem capacidade para abanar os jogadores e voltar ao registo de quando entrou no clube. Se não conseguir cumprir esta tarefa, continuando a enrolar-se nos equívocos que se tem envolvido nos últimos jogos, não lhe auguro um grande futuro como treinador do Sporting.</div>
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Entretanto, bastou umas horas a navegar pelas redes sociais para descobrir (mais uma) polémica entre sportinguistas. Um grupo de miúdos resolveu tirar uma foto onde gozava com a velha máxima Rui-Patriciana de "levantar a cabeça" e com a dicção do nosso presidente. A enxurrada de posts indignados com o raio dos fedelhos, seguidos de outra não menor avalanche de posts enaltecedores dos novos libertadores do sportinguismo, levaram-me a pensar se, afinal, não é só o treinador mas todo o Sporting Clube de Portugal que está a viver um grande equívoco.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-35008153133227980102019-01-08T15:44:00.003+00:002019-01-08T15:44:45.744+00:00Como é que ao fim de quatro anos ainda nos deixamos surpreender em Tondela?<div style="text-align: justify;">
O jogo de ontem em Tondela trouxe-me à memória aquele velho Sporting, que muitos julgavam já morto e enterrado, incapaz de marcar mais de um golo contra uma equipa que luta pela manutenção, mesmo tendo a vantagem de jogar mais de meia-hora em superioridade numérica. E como foi que chegámos a este ponto de retrocesso?</div>
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Vários factores contribuíram para o desastre. Em primeiro lugar, a preparação do jogo. Ainda não sei porque motivo Jovane Cabral ficou de fora dos convocados, nem qual foi a razão de não ter chamado Luiz Phillype como segunda opção para o ataque. Além destes equívocos cuja responsabilidade só pode ser assacada a Keizer, descurou-se novamente outro aspecto que eu considero fulcral: o completo ignorar de que estes jogos são "diferentes". Qualquer adepto do Sporting sabe que o Tondela esfarrapa-se todo nos jogos contra nós. Qualquer adepto do Sporting deseja que nestes de jogos a equipa entre em campo raivosa e de orgulho ferido. Quatro épocas depois, continuamos a dar o flanco e a surpreendermo-nos com a forma como os tondelenses jogam contra nós. É demais, estou farto desta sina. Keizer pode ter a desculpa de ter chegado há pouco tempo e não conhecer estes minudências do futebol tuga mas, caramba, os jogadores que todas as épocas sabem como estas equipas se transfiguram contra nós, bem como os dirigentes, tão sportinguistas como nós, não tinham obrigação de preparar a sério este tipo de jogos?</div>
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Depois foi o desenrolar da partida. Como li por aí algures, não é possível esperar que a nossa equipa se superiorize ao Tondela quando temos jogadores no nosso plantel que estão ao nível de jogadores do Tondela. Bruno Gaspar não passa de uma cópia sombreada de Schelotto, Gudelj está ao nível de Zapater, Diaby tem momentos no jogo que fariam Djaló parecer um fora de série. Wendel não dá para mais do que uma promessa de jogador. Coates e Mathieu não conseguem fechar as brechas que se abrem nas alas e no meio-campo, acusando ao longo dos jogos demasiados momentos de desconcentração. A inspiração de Bruno Fernandes, Bas Dost, Acuña, Raphinha ou Jovane até pode chegar para mais de metade das equipas da Liga, mas é claramente insuficiente para algo mais do que o terceiro ou quarto lugar. </div>
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No final do jogo, a cereja no topo do bolo: o tempo de desconto rídículo e o cartão amarelo a Acuña. Ano após ano, continuamos a enxovalhados pelas manigâncias destes árbitros.</div>
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Não quero começar já o discurso do "para o ano há mais", pelo menos antes de jogar com o porto em casa. Contudo, sou levado a admitir que vencer o actual líder será uma tarefa hercúlea, quase milagrosa. Resta-nos concluir a época da melhor forma possível (temos ainda mais três competições para disputar), mas começando a delinear com seriedade o que queremos destes jogadores nos próximos tempos.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-30317656162516703762019-01-05T18:36:00.000+00:002019-01-05T18:36:12.108+00:00Nós, as lampionices e as andradices<div style="text-align: justify;">
<b>Lampionices.</b></div>
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Como seria de esperar, Rui Vitória lá teve de seguir o seu solitário caminho até à porta de saída do Seixal. O actual momento lampiónico precisava de um bode expiatório, papel esse que assenta que nem uma luva ao treinador entretanto despedido. Vitória, apesar dos títulos conquistados, estava completamente desacreditado junto da massa associativa encarnada. Não conheço nenhum benfiquista que, nesta altura, ousasse conceder uma ponta de benefício de dúvida ao treinador que conquistou o recorde de 88 pontos num campeonato. Isso diz muito do que os benfiquistas pensam do mérito da pessoa que treinava o seu clube nessa época. Sem carisma, sonso, com um discurso cheio de vacuidades, sem pinga de espontaneidade, certamente que Vitória irá desaparecer algures pelos desertos das arábias ou pelas estepes asiáticas, pois não acredito que algum clube europeu de topo o queira contratar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar dos contratempos da nossa justiça, que não é propriamente conhecida pela sua celeridade, não há dúvida que o Estado Lampiânico ficou combalido com tudo o que saiu sobre o seu mecanismo. Os "padres", as "missas", o conluio com os "grupos de sócios organizados", as cartilhas com comentadores e jornalistas, as facilitações aos "clubes amigos" e, mais importante ainda, a queda de Paulo Gonçalves. Este rombo que o EL levou nos bastidores do futebol português acabou por se reflectir na performance da equipa no campeonato. A mediocridade do futebol lampiónico, que já era bem visível nas últimas campanhas europeias, ainda era por aqui disfarçada com a ajuda dos "padres", "missas", Bragas e Tondelas. Com o tempo, os "padres" foram-se afastando, chegando ao ponto "cereja em cima do bolo" de já expulsarem Jonas. Os clubes pequenos já vão batendo o pé ao clube DDT, pelo que se tornava cada vez mais difícil ao "Rei Midas" explicar aos seus sócios como é que a equipa que há duas épocas fez 88 pontos, apresenta hoje uma mediocridade de futebol (excepto com o Braga, claro está). Rui Vitória assumiu assim as vestes de "cordeiro pascal", sendo lançado aos lobos sem apelo nem agravo. Vieira ganha alguma margem de manobra, pois terá sempre a desculpa de ter de partir do zero a meio da época. Os adeptos, embalados pela mão presidencial e pela cartilha jornaleira, que ao contrário do que fizeram com Peseiro não perderam tempo em denegrir o trabalho do campino de Vila Franca de Xira, ficam assim com a sua atenção desviada do essencial. E o "essencial" desta história está bem à vista de todos: sem Paulo Gonçalves e os seus expedientes, este benfica é banal.<br />
<br />
<b>Andradices.</b><br />
Com o ocaso do Estado Lampiânico, adivinhem quem é que voltou a aparecer? O Sistema, não ainda o velho Sistema da fruta e das viagens para o Brasil, mas que para lá caminhará se não lhe puserem a mão. Esta jornada mais uma vitória tangencial, mais uma ajudinha milagreira. Podem refilar que o protocolo do VAR não permitiria anular aquele lance, mas não é por isso que ele não deixa de ser ilegal. Já perdi a contagem aos lances duvidosos cuja avaliação, nesta época, descai sempre para o lado dos andrades. Os "padres", percebendo de que lado toca agora a música que embala as suas missas, lá se começaram a adaptar à nova realidade. É voltar a ver Maxi Pereira a passear incólume pelos relvados, acompanhado por Felipe.<br />
Empurrados pelos seus novos amigos, os andrades lá vão conseguindo passar "à rasquinha" nos vários jogos que tem disputado. Por enquanto ainda conseguem disfarçar as suas limitações com a "garra" ou "força de vontade" com que conseguem entrar em jogo. O seu futebol é semelhante ao da última época, marcada pelas correrias dos seus avançados e constante bombeamento de bolas para a frente. Não é um futebol bonito mas é eficaz. Veremos até quando dura essa eficácia.<br />
<br />
<b>E nós.</b><br />
O Sporting vai seguindo o seu caminho. A derrota de Guimarães foi justa, pois foi o espelho de uma exibição fraca frente a um Vitória que jogou muitíssimo bem. Foi este Vitória que ganhou no porto, virando um resultado de 2-0 para 2-3, e que perdeu pela margem mínima na Luz. Foi um tropeção desnecessário, pois vimos aumentar a distância para o primeiro classificado, mas foi justo. Entretanto conseguimos o apuramento para a final-four da Taça da Liga e voltámos às vitórias no campeonato, diante de um difícil Belenenses. As exibições continuam bem acima das do tempo de Peseiro, mas sentimos que ainda falta muita coisa para apurar. O ataque ao mercado de Inverno, onde até agora só se contratou um avançado e fez-se regressar Geraldes, ainda está longe de ter respondido aos nossos anseios. Continuo a achar que precisávamos de melhores defesas laterais, mais da direita do que da esquerda. E mais opções para o meio-campo, que como se viu nos últimos jogos, fica logo abalado com lesão ou castigo de um dos seus titulares. Aqui não compreendo como se possa considerar que um putativo empréstimo de Adrien não seja uma boa aquisição para a equipa. Adrien será sempre uma opção muito válida no nosso plantel, seja como titular ou como substituto, pelo que ficaria muito satisfeito com o seu regresso.<br />
Quanto aos negócios mendianos que neste Inverno voltámos a fazer, falarei disso num outro post. Mas não posso deixar de expressar o meu desalento pelo facto de, mais uma vez, termos dado mostras de não ter memória, deixando entrar em nossa casa quem muito fez para a destruir.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-1886786995442600732018-12-17T11:54:00.002+00:002018-12-17T11:54:36.285+00:00As iludências aparudem<div style="text-align: justify;">
Quem aterrar hoje no planeta Terra e descobrir que uma equipa em Portugal ganhou dois jogos seguidos em casa por 4-1 e 5-2, certamente achará que estamos perante uma equipa avassaladora e demolidora. Ou não.</div>
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Quem esteve em Alvalade nos dois últimos jogos certamente que sentiu o mesmo que eu: um Sporting com muitas dificuldades em entrar no jogo, revelando uma estranha apatia peseirista, perante adversários bastante audaciosos na forma como procuraram acercar-se da nossa área. Em ambos os casos começámos por perder (e bem), mas fosse por génio individual ou por inspiração colectiva, lá acabámos os dois jogos em cima do adversário e a cilindrá-lo. Pelo meio preocupam-me as dificuldades inesperadas que equipas de meio da tabela nos conseguiram criar, o que nos deverá servir de aviso de que ainda temos muita coisa para melhorar. No lado oposto temos a alegria de ver onze jogadores a jogar um futebol solidário, por vezes com rasgos de genialidade, com coração suficiente para virar uma péssima exibição com dois golos sofridos, transformando-a numa goleada à moda antiga. É difícil, quase contra natura, dizer que uma equipa que marca 9 golos em dois jogos, não está a jogar grande coisa. Mas também não me sinto confortavel em dizer que somos uma máquina de jogar futebol, como estes números parecem indicar. A realidade andará algures pelo meio, entre a genialidade de Bruno Fernandes, Bas Dost ou Nani, a disponibilidade de Coates, Mathieu ou Renan, o sangue quente de Acuña, a irreverência de Miguel Luís, os rasgos de Jovane e as alternâncias de Bruno Gaspar e Gudelj. Temos um onze-tipo onde jogadores fora-de-série partilham o relvado com jogadores banais. O colectivo que nasce desta mistura, que é afinal a grande obra de Keizer, consegue essa coisa espectacular de conseguir retirar dos jogadores o melhor que tem para dar. Os maus momentos durante o jogo são reminiscências de uma equipa que ainda procura o equilíbrio entre o genial e o medíocre. E nada melhor do que estarmos a menos de duas semanas da abertura da janela de transferências de inverno, para percebermos onde poderemos reforçar esse equilíbrio.</div>
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Assim de repente, saltam à vista as laterais defensivas. Bruno Gaspar continua-me a parecer um Schelotto de pele morena e Ristovsky, que considero melhor, está longe de ser um portento. No lado esquerdo as coisas não parecem melhores. Acuña cumpre a atacar mas os constantes constrangimentos disciplinares acabam quase sempre por anular o que de bom traz à equipa. Quanto a alternativas ao argentino, elas resumem-se a um Jeferson completamente fora de prazo e a um Lumor que continua sem convencer os treinadores que passam por Alvalade. </div>
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Quanto ao resto dos sectores, não creio que o meio-campo esteja tão necessitado de sangue novo como as nossas laterais ofensivas. As lesões de Bataglia e Wendel criaram-nos constrangimentos temporários, mas são casos temporários (no caso do brasileiro). Parece-me razoável permitir o regresso de Francisco Geraldes, juntando-se a Miguel Luís e a Bruno Paz como alternativas razoáveis naquela posição. Sim, eu fui dos que ficou maravilhado com a estreia de Bruno Paz na quinta-feira e acho que temos ali uma pérola para trabalhar. Quanto a Bruno César, não é possível esperar mais dele do que uma boa alternativa para equilibrar a equipa a partir do banco, com o resultado já controlado. A sua titularidade ontem demonstrou ter sido um equívoco, que acredito que não se voltará a repetir.</div>
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Nas alas, o regresso de Raphinha trará mais uma excelente opção ao onze. Diaby continua a não me convencer, pois parece-me um jogador que joga a espaços e não de forma continuada. Vai cumprindo a sua missão, mas sem grandes rasgos. Jovane consegue agitar mais as águas, especialmente quando entra na segunda parte, faltando-lhe ainda consistência para fazer 90 minutos em alto nível. Nani, apesar da genialidade que empresta ao jogo, já não tem a disponibilidade física de antigamente, como se viu ontem. Diria que regressando Matheus Pereira, talvez ficássemos com as alas suficientemente equilibradas. Não regressando este, fará sentido um investimento avultado nesta posição? Não teremos alguém nos sub-23 capaz de ser alternativa?</div>
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Quanto ao ataque, neste momento temos apenas um avançado-centro de raiz. Podemos ponderar em fazer regressar Gelson Dala, mas estará o angolano em condições de substituir o holandês voador? Numa primeira fase de adaptação, Gelson Dala até poderia servir de complemento a Bas Dost, mas como avançado único, creio que não serviria. Mas entre comprar um Barcos ou apostar num Dala, que é que se seria preferível? Agora, se estivéssemos a falar em Slimani, isso já seria diferente...</div>
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Não me lembro da última vez que cheguei ao Natal só com vitórias em casa (para o campeonato). Mesmo com os constrangimentos dos últimos dois jogos para o campeonato, é visível que estamos a jogar um futebol apelativo e em crescendo. Temos uma equipa motivada e moralizada, com o melhor ataque do campeonato. Neste momento dependemos só de nós para ser campeões. É um objectivo exequível? É, mas ainda temos muitas dificuldades para ultrapassar e chegar ao nível dos nossos rivais directos. Mas deixem-me sonhar por agora. Venha de lá o Rio Ave e o Vitória de Guimarães, que eu quero é ver o Sporting a jogar! </div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-58439412330269543892018-12-04T10:45:00.002+00:002018-12-04T10:45:34.646+00:00Sinais de esperança<div style="text-align: justify;">
A estreia de Marcel Keizer não podia ser mais auspiciosa, surpreendendo até mesmo os mais optimistas. Todos os sportinguistas sabiam que esta equipa estava em sub-rendimento nas mãos de Peseiro, que os nossos jogadores poderiam fazer muito melhor. Mas poucos esperavam que, em apenas duas semanas, o nosso futebol se transfigurasse desta maneira. Não tenho memória de uma troca de treinadores ter sido tão bem aproveitada como esta. Nem mesmo Inácio, quando substituiu Materazzi em 1999, conseguiu uma entrada tão fulgurante.</div>
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Ontem, num dos estádios mais complicados do nosso campeonato, vimos um Sporting com personalidade, intermediando momentos de futebol genial com outros de puro pragmatismo. Não haverá sportinguista algum que não se tenha deliciado com as trocas de bola ao primeiro e segundo toque no meio-campo, permitindo à equipa transportar o jogo quase de forma vertiginosa para o ataque. Parece impossível, mas esta era a mesma equipa que há umas semanas atrás atacava com chutões de Coates para a frente, ou que na época passada andava a trocar a bola no meio-campo, numa "ideia de jogo" que ainda hoje é incompreensível. Qualquer semelhança entre este Sporting e o que levou quatro 4 golos do Portimonense, é uma triste coincidência. Só espero agora que os defensores de Peseiro metam em definitivo a viola do saco e desapareçam para a galáxia mais distante.</div>
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Tendo Marcel Keizer feito com distinção o seu tirocínio, resta-nos agora olhar para o resto da época, para tentarmos perceber o que é que ainda há para fazer. E se por um lado os sinais iniciais são muito animadores, por outro há que ter alguma sobriedade e não embandeirar já em arco. Até porque o próprio Keizer reconheceu, na flash-interview, que há ainda muitos aspectos a melhorar. E temos mesmo de melhor. Renan, por exemplo, apesar das intervenções decisivas na segunda parte, teve algumas abordagens com os pés que voltaram a causar calafrios. Os nossos laterais ainda estão longe de convencer. Continuo a achar que Bruno Gaspar é um Schelotto versão morena e Jefferson, como alternativa a Acuña, parece curto. O meio-campo parece a zona do terreno onde temos maior qualidade, especialmente desde que Wendel começou a jogar. Mas se por um lado o nosso meio-campo revelou ontem momentos de genialidade, por outro teve alturas do jogo onde se deslumbrou e desconcentrou, especialmente após o 3-1. Já no ataque, Diaby revelou-se ainda pouco entrosado na nova dinâmica do colectivo, relevando demasiada atrapalhação. E depois Bas Dost, o nosso abono, que continua a ser a única opção para homem-golo da equipa, restando-nos aqui a esperança de que a nova dinâmica de jogo da equipa distribua por mais jogadores a missão de marcar golos, tirando-nos a dependência do holandês voador, relevada nas últimas temporadas.</div>
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O caminho faz-se caminhando e domingo teremos mais um desafio a este novo leão. Jogaremos em casa contra uma equipa que faz o jogo típico do nosso campeonato: autocarro em frente à baliza e pontapé para à frente para os contra-ataques. </div>
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Que o nosso bom futebol continue a ser demonstrado em campo, é tudo o que para já peço.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-16279159318932187572018-11-21T15:40:00.002+00:002018-11-21T15:40:45.514+00:00Varandices<div style="text-align: justify;">
Uma mão cheia de nada.</div>
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Escrevi no meu último post que, caso existissem provas evidentes que implicassem Bruno de Carvalho na ataque à Academia, ele só tinha era de apodrecer na prisão. Houve quem não gostasse do que escrevi, mas nisto de defender o Sporting acima de tudo e de todos, eu sou mesmo assim. Quem ataca o meu clube não me merece consideração. Pior ainda se esse ataque viesse de quem tem o dever de o defender logo na primeira linha. Nunca acreditei que Bruno de Carvalho fizesse algo do género, mas se há coisa que aprendi na vida é que não posso pôr as mãos no fogo por ninguém. Fico contente que todo este circo mediático tenha parido uma barata, pois mostra que não me enganei em relação ao nosso ex-presidente. </div>
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Não deixa de ser de curioso que muitos dos palradores que hoje assumem o mediatismo em nome do Sporting, se tenham tornado conhecidos graças a Bruno de Carvalho. Quem era Rui Morgado, José Pedro Rodrigues ou Vítor Ferreira antes de Bruno de Carvalho os ter chamado de "sportingados"? Quem era Eduarda Proença de Carvalho ou Jaime Marta Soares antes de serem convidados para a MAG nas listas do Bruno? Bruno de Carvalho teve esse dom de criar sportinguistas famosos apenas porque não gostava deles. Mas ele vivia bem com isso. Gostava de espingardar, debater, achincalhar os sportingados, com o mesmo empenho em que discutia com "Mister Burns", o "Rui-Santos-Feitio-de-Gaja", o "Labrego Salvador" e tantas outras personalidades da nossa vida pública. Tendo gerado tantos anti-corpos fora do mundo sportinguista, Bruno de Carvalho tornou-se um alvo a abater, custe o que custasse. André Geraldes disse que a partir de Janeiro deste ano, BdC começou a dar sinais de que não estaria bem, tendo entrado em derrapagem emocional nos meses seguintes. Este foi o "tal" erro da comunicação do ex-presidente, não ter percebido que a partir de uma determinada altura, já não estava a mobilizar sportinguista algum, mas apenas e só a criar mais inimigos. E tantos que ainda tem hoje.</div>
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Nervos de aço. É disso que o presidente do Sporting Clube de Portugal precisa para levar o clube ao lugar onde merece estar. Estamos num país minado e submergido por essa imensidão que é o Estado Lampiânico. Não bastasse o inimigo externo, temos ainda essa velha particularidade de termos as nossas próprias ratazanas dentro de portas. Ratazanas, notáveis, croquetes, viscondes, sportingados, enfim, chamem-lhes o que quiserem. São todas elas pessoas que estão plenamente convencidas de que o clube lhes pertence, seja porque são descendentes dos fundadores, seja porque tal advém do seu próprio estatuto social. E que passado a deriva brunista, querem recuperar o seu lugar no clube seja a que preço for, nem que para tal - Oh, pasme-se!!! - tenham de boicotar a actividade normal do clube.</div>
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Veio esta conversa toda a propósito do empréstimo obrigacionista que está em curso. Não vou sequer pegar naquela parte em que todos os sportinguistas, especialmente os anti-brunistas, repetem que afinal a situação financeira do clube "nem estava assim tão má" quanto temiam (Oh, pasme-se novamente!). Vou antes pegar nos últimos discursos do presidente Varandas, onde este afirma, com ar mais ou menos surpreendido, que a operação financeira tem estado a ser boicotada por muito boa gente, incluindo sportinguistas de renome. Acho curioso que volvidos pouco mais de dois meses de ser eleito, Varandas venha já choramingar na praça pública que descobriu qual a verdadeira essência do croquetismo. E que por esta altura, talvez já saiba que aquilo de "unir o Sporting" é uma tanga. Custa descobrir que afinal somos cornos, com tão pouco tempo de casamento. Varandas tem agora dois caminhos para seguir. Ou faz como aquele vizinho de cima, que arma um puto dum banzé quando sabe que a mulher anda a dar cambalhotas com o padeiro, até expulsa-la de casa nem que seja a pontapé. Ou então faz como o outro do fundo da rua, que preferiu amochar e continuar a passear de braço dado com a sua bela mas meretriz esposa, porque isto de arranjar quem nos faça a comida e lave a roupa dá muito trabalho. Se fosse Bruno de Carvalho, saberíamos qual o caminho que ele seguiria. Quanto a Varandas, ainda desconheço que estrada pretende ele trilhar, mas atendendo às reuniões com "notáveis" que ele já promoveu, não me parece que queira agora deixar a prendada "esposa" que tanto trabalho lhe deu a encontrar...</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-55216317963019313902018-11-12T11:09:00.003+00:002018-11-12T11:17:00.053+00:00A herança de Tiago Fernandes e o elefante no meio da sala<div style="text-align: justify;">
Não faço parte do grupo dos que agora decidiram venerar Tiago Fernandes, qual coca-cola perdida no deserto. Não porque não goste do seu estilo irreverente ou pela forma como demonstra o seu sportinguismo a partir do banco, como aconteceu no final do jogo com o Arsenal. Apenas considero que ainda está longe de ser "o" treinador para o Sporting. Creio que ainda lhe falta alguma estaleca para conseguir interpretar os momentos mais inesperados do jogo. Ontem, por exemplo, permitiu que a sua equipa, a ganhar e a jogar em vantagem numérica, concedesse o golo do empate. Felizmente soubemos responder à adversidade e voltámos à vantagem no marcador, sendo que a partir do 2-1 já soubemos controlar melhor o jogo e o adversário. Salvo um ou outra correria, o Chaves não criou mais perigo.</div>
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Mas contra factos não há argumentos, e se é verdade que Tiago Fernandes ainda demonstrou alguma imaturidade nestes últimos jogos, também não é menos verdade que entrega o clube em muito melhores condições do que quando o recebeu. À oitava jornada estavamos em quinto lugar, hoje à décima estamos em segundo. Vencemos dois jogos para o campeonato e empatámos no Arsenal. Dependemos só de nós para sermos campeões e o apuramento para os 16-avos da Liga Europa está a uma vitória de distância. Poucos treinadores se poderão dar ao luxo de estar da situação em que Keizer estará hoje: receber uma equipa a meio da época, motivada e na luta em todas as competições (a Taça da Liga está difícil, mas ao nosso alcance). E este mérito é de Tiago Fernandes.</div>
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Mas ao contrário do inicio da época, não podemos correr agora o risco de embandeirar em arco e pensar que vamos limpar tudo nesta época. O futebol jogado, apesar de mostrar algumas melhoras, ainda está longe de ser convincente. Ainda ontem, contra o último classificado e em vantagem numérica, praticamente não tivemos oportunidades de golo. Custa-me dizer isto, mas depois de ver o porto-braga de sábado, fico com a clara convicção de actualmente não temos futebol para ganhar àquelas duas equipas. Podemos aumentar as nossas expectativas quando vemos a equipa a jogar com mais vontade de vencer ou com o regresso de Bas Dost. Mas é muito pouco. Necessitamos urgentemente de incrementar a qualidade do nosso jogo.</div>
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Frederico Varandas também sai bem desta situação. Soube resistir à pressão mediática de apresentar um nome à pressa, preferindo apostar num treinador interino e ambicioso para fazer a transição de Peseiro para o seu treinador de eleição. A aposta foi claramente ganha, como já disse em cima. E mesmo o timing, que parecia desastrado, acaba também por ajudar, pois o novo treinador terá mais de meio mês para se adaptar à equipa e a equipa adaptar-se a si, até ao reatar do campeonato. Certamente que Varandas tentará baixar as expectativas em relação ao trabalho do treinador para esta época, preferindo de certo adoptar um discurso mais de futuro, tirando pressão à equipa para o resto da presente época.</div>
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Quando a Marcel Keizer, espero que numa primeira fase tenha a inteligência de aproveitar o que de melhor este Sporting tem: o voluntarismo dos jogadores e o seu crer. Que saiba canalizar a qualidade individual de cada jogador para um modelo de jogo que priveligie o colectivo. E que construa uma equipa com condições de, pelo menos, bater-se de igual contra benfica, porto e braga, e conseguindo superiorizar-se às restantes catorze.</div>
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Não posso deixar de finalizar este meu post sem me referir ao elefante no meio da sala: a detenção de Bruno de Carvalho. Sendo certo que tal estará relacionado com Alcochete, estaremos a falar num crime de terrorismo, pelo que se não me espanta a decisão de mandar deter o nosso antigo presidente, nem me espantará que fique em prisão preventiva. O crime em questão é grave, pelo que admito medidas de coação igualmente graves. Apesar de não acreditar que Bruno de Carvalho tenha dado "a ordem" para o ataque, se a investigação imputar cabalmente a autoria dos factos a BdC, só desejo que aprodreça na prisão.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-30451063147479916982018-11-05T12:39:00.001+00:002018-11-06T10:52:20.494+00:00Varandas, os peseiristas e os sportingados<div style="text-align: justify;">
Um dia, Frederico Varandas teria de descer dos céus e aterrar a toda a força no chão. Esse dia apareceu na ressaca de uma noite das bruxas terrível (mais uma), onde voltámos a colecionar mais um desaire á longa lista que vamos acumulando, pois não me lembro de algum dia ter perdido em casa com uma equipa de escalão inferior, depois de estar a ganhar (com a Naval, em casa, nunca estivemos a ganhar).</div>
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Não obstante a vergonha de perder em casa com o Estoril, de termos sofrido 4 golos diante o Portimonense, de quase termos perdido com o colosso europeu Vorskla Poltava, de termos feito um jogo paupérrimo diante do Loures, de exibições sem qualquer pingo de futebol minimamente bem jogado, assistimos estupefactos a uma manifestação sem precedentes de "peseirismo".</div>
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E quem são os "peseiristas"? Começo pela malta do costume: os cartilheiros enfarinhados, os jornaleiros sem espinha vertebral, a corja de inúteis parasitas que gravita pelo nosso futebol, que aproveita estes episódios para mostrar "provas de vida", como foi o caso da associação de treinadores. Todos com o denominador comum de fazerem parte de uma longa tradição de utilizar o Sporting para desviar o foco de outros palcos que mereciam ribaltas mais condizentes.</div>
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Se dos cartilheiros não esperava outra coisa que não o contorcionismo de transformar um treinador banal em supra sumo da táctica futebolística, já o que se passou com os ex-sportingados deixou-me algo surpreendido. Desde a queda de Bruno de Carvalho que os sportingados andavam sossegados. A sua tolerância para com o clube estava a aumentar, contribuindo em muitos casos para criar a falsa ideia de que este novo Sporting estaria pacificado e encarreirado. Se de jornalistas andrades ou lampiões pseudo-isentos não me espantava o peseirismo militante exibido nestes dias, já de malta que sofreu na pele as quatro batatas de Portimão ou o terror da noite das bruxas em Alvalade, esperava outro tipo de reacção. Assisti, incrédulo, ao exercício de branqueamento de João Pedro Rodrigues à miséria futebolística que foi o Sporting de Peseiro. Assisti, igualmente incrédulo, ao exercício de auto-mutilação leonina perpetrado pela nova estrela ascendente do nosso universo, que dá pelo nome de Rita Garcia Pereira. </div>
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Frederico Varandas não tem um trabalho fácil pela frente. Ainda não tinha sido eleito presidente e contava já com a oposição dos antigos brunistas, ressabiados por ter rompido com o anterior presidente logo na ressaca de Alcochete. O seu perfil "anti-Bruno" valeu-lhe a simpatia da opinião pública, bem como dos "notáveis" leoninos. Não deixa de ser irónico que essa áurea de "presidente previdente" tenha começado a cair por culpa dessa imensa nulidade que é José Peseiro. Até porque estava longe de ser inesperada, pois dias antes Sousa Cintra já havia feito o frete de ter "dado á morte" o treinador que escolhera, com aquela entrevista cirúrgica ao Expresso. Até o timming do despedimento parecia ideial, após o humilhante resultado diante do Estoril. Se tudo parecia esperado e perfeito, porque razão os sportingados tiveram reações contra Varandas?</div>
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Rita Garcia Pereira levantou parte do véu, logo no dia 1 de Novembro. Mais do que o futebol inenarrável jogado pelo Sporting, custou-lhe saber que Varandas havia chamado os membros do anterior CD para se reunirem com ele. João Pedro Rodrigues completou o quadro, trazendo à baila a auditoria às contas do Sporting com Bruno de Carvalho, aventando a possibilidade do actual presidente escamutear o seu resultado em troca do apoio dos antigos dirigentes. Se assim for, então a coisa faz mais sentido. O que irrita neste momento os sportingados, não é se Peseiro merecia isto ou aquilo, nem sequer se o substituto já deveria ter sido apresentado ou ter este ou aquele perfil. Nada disso. O que irrita os sportingados é que Varandas, neste momento, se esteja a aproximar daqueles que estiveram com o "anti-Cristo" nos últimos anos. Irrita-lhes igualmente que Varandas, quiçá, esteja a ponderar não enveredar por um auto-de-fé contra a anterior direcção só porque sim. Os sportingados queriam sangue, de preferência de Bruno de Carvalho e dos seus antigos vices e vogais, mas parece que Varandas está mais inclinado a dar-lhes flores...</div>
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Nunca pensei vir a defender Varandas assim tão cedo, mas, se for assim, então o nosso presidente merece a minha consideração: arrumar a questão do treinador, normalizar as relações com os anteriores dirigentes e não entrar em jogos de "caça às bruxas" apenas para agradar uma determinada "clique". Conseguirá Varandas por o Sporting acima de tudo e todos?</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-87776163632880056022018-10-18T15:30:00.000+01:002018-10-20T17:48:05.391+01:00Peseiro, Patrício e os c**** de sabão<div style="text-align: justify;">
Estamos a chegar ao fim do interregno futebolístico de Outubro e José Peseiro continua a ser o nosso treinador. Tivéssemos um presidente suficientemente audaz e, quiçá, talvez Leonardo Jardim fosse hoje o nosso treinador. Infelizmente o Sporting vive tempos de pragmatismo (ou conasdesabonismo), não de heróis audaciosos, pelo que temos de nos remeter à nossa triste sina, de que esta época é para nos arrastarmos de campo em campo, rezando para não sermos mais vezes humilhados como o fomos em Portimão. E se a ideia de quem nos dirige é precisamente essa, então Peseiro é o homem certo no lugar certo, pois é impossível queimares o que queimado está.</div>
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Entretanto, estes últimos dias trouxeram algumas novidades interessantes, como aquela de que chegámos a acordo com o Wolverhampton por Rui Patrício. Aqui, a única coisa positiva a retirar é o facto de não termos mais que pensar em resolver este assunto. De resto, este negócio está para lá de mau. O valor total da transferência (fala-se em 20 M€) é já por si parco, tendo em conta a qualidade do jogador. Confirmando-se que realmente apenas receberemos 12 M€ pelo jogador (menos 2 M€ que Rúben Semedo, por exemplo), é difícil não desatarmos a chorar. Até porque facilmente se adivinha que Rui Patrício dará novo salto na Liga Inglesa, tal é a forma como o jogador entrou naquele campeonato. E certamente o Wolves cobrirá facilmente os 20 M€ que pagou ao Sporting, pois Rui Patrício valerá seguramente muito mais que esse valor.</div>
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E no meio disto tudo, como ficarão os sportinguistas? Amargurados. Dou o meu exemplo, que acredito que seja comum a milhares de outros sportinguistas. Fui dos que vibrou quando defendeu aquele penálti na Madeira, no longínquo dia 19 de Novembro de 2006. Fiquei com os nervos em franja quando Paulo Bento insistiu dar-lhe a titularidade, relegando o experiente Stojkovic para o banco. Nervoso mas com a sensação de que "teria de ser", pois de outra maneira nunca mais teríamos um guarda-redes "nosso" na equipa principal, um "novo Damas". Fiquei orgulhoso quando o "Franguício" se transformou em "São Patrício", tantas as vezes que as suas luvas nos salvaram. Envergonhei-me quando as direcções anteriores obrigavam-no a debitar semanalmente a lenga-lenga de que "é preciso levantar a cabeça". Era dos que gritava "Ruuuuuuiiiii!!!!" cada vez que salvava a nossa a nossa baliza. Ver aquela que era uma das grandes referências da nossa formação, do nosso futebol, abandonar o clube como abandonou, deixou-me triste e revoltado. A ser verdade que abdicou de um crédito de 5 M€ que teria do Sporting, para não criar problemas ao seu antigo clube, então merece (ainda) alguma consideração. Resta-nos aquela secreta e pequena esperança de, à semelhança de Vítor Damas, também regressar pela porta grande ao clube de onde saiu pela porta pequena.</div>
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Menção também à guerra desenfreada levada a cabo pelo Estado Lampiânico contra o Artista do Dia e o Mister do Café. Desenganem-se aqueles que julgavam que o "e-toupeira" ou o "MalaCiao" iriam ser machadadas fatais do EL. O Estado Lampiânico continua desavergonhadamente trilhando o seu caminho. Os seus spin doctors mantêm-se impávidos e serenos na sua tarefa de manipulação da opinião pública, desde formatando opiniões que, invariavelmente, inocentam a acção lampiânica e condenam os que a tentam desmascarar, até à delação abusiva de assuntos que deveriam ser do foro interno dos rivais, como a auditoria interna ao nosso clube. Tudo com a clara conivência do jornalismo nacional, que continua acefalamente a assobiar para o lado. Custa-me ver que, neste momento, tenham de ser os rostos do Sistema a defender o que é nosso. Dói-me o coração ver Manuel Serrão a indignar-se pelas fugas de informação dentro do Sporting ou Francisco J. Marques a assumir a defesa dos blogueres sportiguistas. Ou Frederico Varandas ainda não percebeu bem qual a trincheira onde terá de se meter para defender os interesses do Sporting, ou está a perder tempo precioso na tentativa de criar uma imagem de si diferente do antecessor, com claro prejuízo para o clube que preside. De qualquer forma, parece-me que nem o Sporting ganhará alguma coisa com isto, muito menos Varandas, que perderá rapidamente todo o capital de confiança dos sportinguistas que o elegeram. </div>
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E já agora, quando começará Varandas a falar "daquilo que sabe", relativamente à época de 2015/2016?</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-72957453627049435402018-10-08T12:14:00.000+01:002018-10-08T12:14:10.920+01:00#NotPeseiro ou #PeseiroNãoDá<div style="text-align: justify;">
Quando no princípio de Julho <a href="http://letsplayscp.blogspot.com/search/label/Jos%C3%A9%20Peseiro">escrevi este texto</a>, estava impregnado de optimismo. Acreditava que era desta que o meu clube, conhecido por ter o karma mais negativo da Via Láctea, ia finalmente dar um pontapé nas forças más, oferecendo aos sportinguistas uma história de final feliz. Após um ano em que perdeu tudo no benfica, JJ conseguiu regenerar-se e limpou o campeonato na época seguinte. Peseiro, na mesma situação, foi despedido por maus resultados no início da época seguinte. Herrera, o patinho feio do dragão, ofereceu o último campeonato ao porto. No Sporting, conseguimos passar uma meia-final europeia épica, para depois perdermos a final de forma ridícula no nosso próprio estádio. O Sporting de Peseiro teria todas as condições para dar um pontapé no karma, mas isso "só acontece nos filmes". As coisas na vida real são diferentes.</div>
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O que aconteceu durante o verão de 2018 lembra-me aqueles namoros de férias, que todos tivémos na adolescência. Em Agosto vamos para a praia ou para a terrinha e por lá apaixonamo-nos por aquela rapariga deslumbrante, com quem acabamos a trocar beijinhos ao por-do-sol. No final das férias estamos convencidos que aquela relação está firme como uma rocha, mas com o regresso à cidade, à vida real, constatamos que tal não é possível, restando-nos a feliz memória de um verão bem passado. O Sporting 2018/2019 é parecido com isso. O inicio do campeonato superou-nos as (baixíssimas) expectativas que tínhamos e por momentos chegámos a acreditar na possibilidade de uma surpresa. Mas com o mês de Setembro e o regresso às aulas, fomos descendo à terra da nossa triste realidade. O futebol praticado era sofrível, apenas disfarçado pelos resultados positivos. A derrota em Braga, o quase descalabro ucraniano e esta última goleada algarvia marcam o fim do nosso lindo mas impossível sonho. </div>
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E porque é este sonho impossível? Desde logo por tudo o que rodeou a preparação da época, cujas condicionantes são sobejamente conhecidas. Esperávamos um campeonato de "ano zero", ao nível de 2013/2014. Mas como o nosso plantel este ano até teria qualidade superior ao de Leonardo Jardim, tínhamos uma secreta esperança de repetir o feito do madeirense, pelo menos no que toca a lutar pelo campeonato até ao fim. Mas o problema é que José Peseiro não é Leonardo Jardim. Nem de perto, nem de longe.</div>
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José Peseiro tem actualmente um conjunto de rótulos que são conhecidos, como o do "pé frio". Não é só o campeonato perdido de 2004/2005, mas também as épocas no Braga e aquele final de temporada no porto, em 2015/2016. Outro rótulo que traz é o de privilegiar o futebol atacante, usando como exemplo precisamente a época em que perdeu tudo no Sporting. Ainda hoje vejo muito sportinguista a chorar-se por Peseiro não ressuscitar essa máquina trituradora de futebol atacante que era o Sporting em 2004/2005. </div>
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A máquina de futebol atacante de José Peseiro não deu para conquistar um campeonato onde o campeão somou a miserável soma de 65 pontos. Perdemos jogos em casa com o Marítimo, Nacional ou Penafiel e fora em Setúbal. Levámos 3-0 no Funchal. Este foi o grande Sporting de 2004/05. Antes de treinar o Sporting, Peseiro tinha subido de divisão o Nacional e foi adjunto de Queiroz no Real Madrid. Depois de treinar o Sporting, Peseiro não conquistou praticamente nada de relevante, apesar de ter passado duas vezes por Braga e ter feito meia época com o porto, tendo levado os andrades à final da Taça de Portugal. O currículo de Peseiro está ao nível, digamos assim, de Paulo Sérgio. Pensar que Peseiro teria capacidade para nos levar a discutir o título até ao fim, estando os nossos rivais minimamente preparados para o mesmo, é utopia pura. Tão pura como a "máquina de futebol atacante" que, como se percebe, nunca existiu. </div>
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Outro rótulo utópico que Peseiro entretanto obteve, já durante a corrente temporada, é a de ter modificado o seu modelo de jogo, passando a privilegiar mais parte defensiva em vez da avassaladora máquina atacante. Essa é a forma de justificar a absurda insistência do nosso treinador em utilizar o duplo pivô. O jogo de ontem é paradigmático desse absurdo: no lance do terceiro golo do Portimonense, que nasce de um canto, toda a equipa está a defender dentro da área, deixando dois ou três jogadores adversários à entrada da área sem marcação. Nakajima teve tempo para tudo, dominar a bola e colocá-la onde queria. Ainda bem que Peseiro está hoje mais defensivo, senão... Isto sem falar nas constantes perdas de bola no miolo, os chutões de Coates para a frente (lembram-se desse nossa grande playmaker chamado Polga?), as ridículas substituições no fim do jogo, as dispensas de jogadores prometedores como Matheus ou Geraldes, etc., etc.</div>
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Esta época, com este treinador, não vamos lá. Mas a mudarmos nesta altura, que mudemos garantidamente para melhor. Se é para virem Paulos Sérgios ou Vercauterens, então deixem ficar como está. Sempre poupamos em indemnizações.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-44706287762064536442018-09-24T12:17:00.002+01:002018-09-24T12:17:56.028+01:00Sobre as toupeiras<div style="text-align: justify;">
Devido às inúmeras vicissitudes que afectaram o nosso clube nos últimos meses, faltou-me tempo e vontade para falar das toupeiras. Mas agora, quando parece que o foco mediático finalmente largou o nosso clube, parece-me ser a altura ideal para pegar num assunto que tem tudo para marcar o futebol português.</div>
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Enquanto cidadão português, fico pasmado com a facilidade com que um mero funcionário judiciário consegue aceder a um qualquer processo a tramitar na nossa Justiça. Numa era onde uma das maiores preocupações que assola a humanidade é a da segurança cibernética, fiquei a saber que em Portugal é possível uma pessoa pesquisar na base de dados dos inquéritos, utilizando para o efeito um login de um funcionário já aposentado. Ou, igualmente grave, também é possível alguém pesquisar horas a fio sobre um determinado processo que não lhe diz respeito, sem que o próprio sistema alerte os seus administradores sobre tal anomalia. É uma tremenda fraqueza daquele que é um dos pilares da nossa democracia, portanto deveria merecer uma séria reflexão das mais altas entidades do Estado.</div>
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Já enquanto adepto de futebol, não posso dizer que fiquei surpreendido com o que até agora se soube. O currículo de Paulo Gonçalves é extenso. Esteve ligado ao porto nos anos noventa do século passado e convenientemente passou-se para o Boavista a tempo de montar a "estrutura" que levou à conquista do campeonato por parte dos axadrezados. Sem dúvida que estamos perante alguém com know-how dos meandros obscuros do futebol português, com vasta experiência na arte da manigância e da marosca. E como bem diz o povo português, "diz-me com quem andas que eu digo-te as manhas que tens".</div>
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O comum dos lampiões olha para tudo isto e aborda o assunto de variados ângulos, desde a incredulidade total até ao mais puro conformismo de que para se ganhar algo em Portugal, tem de se jogar sujo nos bastidores. Os incrédulos, que ainda há muitos, são aqueles que papam tudo o que a cartilha lhes mete á frente. Desde as considerações morais sobre a personalidade de Paulo Gonçalves, católico praticamente que jamais praticaria actos de tal natureza, ou então preferindo pegar naquela parte da cartilha que prefere atacar o mensageiro - o famoso hacker de Budapeste - transformando-o em fonte de todo o mal que assola o clube da Luz. A forma como os e-mails do benfica foram postos na praça pública revestem-se de evidente ilicitude, mas que foi ofuscada perante a gravidade do que veio a público. Meter tudo no mesmo saco é como considerarmos ser tão grave o carocho que vende ganza na rua como o cartel de Medellin. Não há comparação possível.</div>
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De resto, a narrativa que diaboliza o hacker acaba por cair por terra quando nos lembramos que a SAD lampiónica já foi alvo de várias diligências da PJ e do Ministério Público, logo é redutor pensarmos que a única prova que a investigação possui advém exclusivamente dos emails "hackeados". Nem eu acredito que uma investigação criminal com esta mediatização, cujo alvo é o benfica, se suportasse em exclusivo nessa fonte. A tese da cabala portista-brunista de que tudo foi manipulado pelo eixo do mal "dragarto" é conversa para boi dormir.</div>
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Não vi a mesma preocupação sobre as fontes ilícitas quando o alvo das mesmas era o Sporting. Lembram-se do "draft" do contrato de Mitroglu com o Sporting? Lembram-se dos contratos de Coates ou Bruno Paulista com o Sporting? Lembram-se também de quem veiculou essa informação? Eu lembro-me: Pedro Guerra e o Rascord farinácio. O karma é tramado.</div>
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Se o lampião incrédulo acaba por dar pena, tal é forma como se deixa manipular pela cartilha do seu clube, já o lampião conformista é para mim o mais perigoso. Para o conformista, não há volta a dar. Para cabrão, puta e meia. Convenceram-se de que para destronar o Sistema, teriam de jogar no mesmo território. Não basta o mérito desportivo, é também necessário dominar tudo e todos. A táctica da terra queimada no seu esplendor. Segundo o lampião conformista, afinal o porto dos anos 90 e da primeira década deste século tinha uma grande equipa e aquilo das escutas da "fruta" é lana caprina, pois "todos o fazem". Quando defendemos exacerbadamente a ideia de que os fins justificam os meios, acabamos por criar monstrinhos que um dia nos devoram. No caso do benfica, esse dia está a chegar. </div>
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Tudo o que reconhecíamos no Sistema, está hoje no Estado Lampiânico: a coopção da oposição interna, o aproveitamento do clube por parte da sua direcção, o encobrimento do trabalho sujo das claques, o domínio sobre os clubes mais pequenos, a cativação de árbitros e observadores com recurso a prostitutas, a parceria com o poder político, o conluio dos jornalistas amigos. Tudo com a bênção do lampião conformista, que mesmo sabendo de tudo isto, prefere que assim seja pois de outra forma não conseguiria ganhar nada.</div>
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Quando confrontados com o que surgiu nestas últimas semanas contra o seu clube, a lampionagem abandonou a velha cassete de Paulo Pereira Cristóvão e passou a pegar noutra: o Cashball. Não são casos comparáveis, pois um já está em fase de acusação enquanto que o outro ainda está em inquérito. Pelo que se soube na altura em que o Cashball rebentou, não me parece que a prova contra o Sporting seja sólida. A participação do César das malas na denúncia é, por si só, de desconfiar. Mas uma coisa é certa, se chegarmos à fase de acusação e continuarem de pé as suspeitas de corrupção por parte do meu clube, mesmo que estejamos a falar de andebol, cá estarei na primeira fila para o criticar. </div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-188596934348593812018-09-17T12:46:00.000+01:002018-09-17T12:46:49.158+01:00A união é uma tretaNo Sporting já se tornou um cliché. Cada vez que há um acto eleitoral, uma mudança directiva, uma troca na hierarquia, lá vem a conversa da "união". Mas afinal que união vem a ser esta?<br />
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Dizem-nos à boca cheia que nos últimos anos se assistiu a uma fractura no Sporting. Que o último conselho directivo, com Bruno de Carvalho à cabeça, lançou sportinguistas contra sportinguistas e expurgou do clube quem não concordava com a sua liderança. Em contrapartida, os arautos do "unionismo" propõe um modelo de gestão do clube que, despido dos lugares-comuns e da conversa de chacha de ocasião, nada mais é do que um seguidismo "salazarento" ao novo lider. E, não menos importante, esse seguidismo também se estende à elite que o rodeia e que basicamente é a mesma se sempre rodeou os nossos anteriores presidentes.</div>
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Fazendo um pouco de arqueologia, lembremo-nos todos de como o Sporting "unido" estava em 2013. O clube precisava de um abanão e era unânime a ideia de uma ruptura com o passado. Bruno de Carvalho executou esse corte e a coisa não lhe correu mal, sendo mais ou menos consensual que o seu primeiro mandato foi positivo. O anterior presidente acabou por cair porque os sócios estavam saturados do seu estilo frenético, não por causa das "desuniões".</div>
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Chegados a Maio de 2018, começamos a levar com a narrativa da "união" sportinguista. Essa narrativa parte do princípio errado de que o "Universo sportinguista" entrou com colapso por estar fraccionado, ou numa linguagem mais ortopédica, "fracturado". Fatalmente, a narrativa unionista resvala para a ideia do poder do clube ser entregue a uma elite que mais não é do que um conjunto de velhos conhecidos nossos, onde se destacam antigos presidentes e dirigentes, banqueiros, políticos e os grupos e grupelhos de gente "ilustre" do nosso clube. Basicamente, torna quase blasfemo discutir soluções e caminhos diferentes a serem tomados pelo Sporting, porque toda essa discussão é classificada de fracturante, e os tempos não estão para fracturas....</div>
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Felizmente, se há coisa que as sucessivas crises directivas fizeram de bom ao Sporting, uma delas é que incutiu na massa associativa um inédito espírito de participação cívica e activa na vida do clube. Todos os actos importantes, como eleições ou assembleias gerais, trazem consigo milhares de sócios ávidos de dar a sua voz e os seus votos em prol do clube. Longe vão os tempos onde a criação da SAD foi votada numa AG do clube em pleno verão, com uma mísera participação de centena e meia de sócios. Esses eram os tempos de união, onde ninguém questionava as decisões dos sábios dirigentes leoninos. Hoje temos debate e confronto de ideias, projectos para o clube personificados pelos seus defensores e caminhos diferentes a percorrer. </div>
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Um dos países mais desenvolvidos do mundo, o Reino Unido, assentou a sua liderança há cerca de três séculos, quando o parlamento inglês assumiu o controlo da sua nação. Ao contrário dos demais reinos, cuja vontade do monarca era a vontade do estado, no Reino Unido era no debate e confronto de ideias entre conservadores e progressistas que se traçavam as linhas orientadoras do seu país. E ainda hoje o Reino Unido é uma referência quando falamos de nações desenvolvidas e com alto índice de participação democrática.</div>
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É por isso que toda a conversa de "união" em torno do Sporting me causa urticárias. Primeiro, porque a ideia de progresso assente em unanimismo é uma falácia, como o Reino Unido muito bem exemplifica. Depois, porque a conversa da "união" traz subjacente aquela ideia tão tipicamente portuguesa, de que só a "elite", os "ilustres" e os "ungidos" é que sabem o que é bom para o "povinho". A união é uma treta.</div>
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No desporto, o que cria as "uniões" em torno do seu presidente são o seu trabalho e o seu resultado. Bruno de Carvalho, mesmo sem ter sido campeão de futebol, conseguiu agregar os sportinguistas em seu torno porque projectou o nosso clube num patamar de onde já tínhamos sido arredados. Mas foi a falta de um título de campeão nacional que iniciou o desgaste da sua imagem junto dos sócios. Frederico Varandas, mais do que apelos de ocasião, terá de trilhar o mesmo caminho, <a href="http://atascadocherba.com/2018/09/14/caga-na-uniao-frederico/">como o Cherba tão bem expôs</a>. E esse caminho também passa por escutar as críticas ao seu trabalho, ouvir quem pensa diferente de si e ter a coragem de tomar as decisões que são as que melhor servem os interesses do Sporting Clube de Portugal, não as da elite "unionista" que pululando por aí.</div>
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Quero é que o meu clube seja bem dirigido, bem defendido e bem representado. Quanto à "união", podem ir metê-la num certo sítio.</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-65445309954029724362018-09-13T16:39:00.000+01:002018-09-13T16:39:10.904+01:00New Look<div style="text-align: justify;">
Aproveitando a onda de mudanças que varre o nosso clube a nível directivo, procedi a uma alteração no layout do blogue. Já muitos leitores se tinham queixado do anterior desenho, mas só agora tive oportunidade para efectivar a alteração do seu aspecto.</div>
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Espero que o novo look do blogue seja da satisfação de todos aqueles que por aqui passam.</div>
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Saudações Leoninas!</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-12507756000602452202018-09-10T10:25:00.000+01:002018-09-21T12:13:58.176+01:00Leão à Varanda<div style="text-align: justify;">
Não foi o meu candidato e ainda hoje considero-o uma personagem pouco carismática e até algo titubeante. Mas venceu o acto eleitoral. Teve menos votantes, é certo, mas as regras instituídas no nosso clube há décadas permitem isso mesmo. Já não é a primeira vez que tal aconteceu e provavelmente não será a última, pois não prevejo vontade/timing para alterar a questão do número de votos por associado.</div>
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Frederico Varandas merece todo o meu respeito que a sua posição institucional merece. É a figura n.º 1 do reino do leão e como tal terá todo o meu apoio sempre que defenda o nosso clube. E vai ter nos próximos tempos várias oportunidades para por em prática essa defesa: a condução do processo contra os jogadores que rescindiram em Junho e não voltaram ou a negociação do empréstimo obrigacionista, por exemplo. Se por um lado na equipa de Varandas vejo algumas figuras ligadas ao universo sportinguista que me agradam, como o caso de Miguel Albuquerque, por outro também vejo com muito receio o regresso de alguma "tralha" croquetista que havia sido varrida por Bruno de Carvalho. Importará nesta fase perceber qual a dimensão da força do próprio Frederico Varandas sobre a sua equipa, se será efectivamente um líder ou se não passará de um boneco nas mãos do verdadeiro poder. Admito que Varandas tenha genuinamente boas intenções e ideias para o clube que protagonizem uma continuidade do que de melhor foi feito nos últimos cinco anos. Mas estou muito céptico sobre se conseguirá traçar esse caminho.</div>
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A Frederido Varandas desejo toda a sorte do mundo enquanto presidente do nosso centenário clube, que respeite as decisões que os sócios tomaram nos últimos anos, especialmente o caminho a seguir pelo clube, e que não se deixe imiscuir pela elite do costume, cujos objectivos passam muito ao lado do que a maioria da massa associativa deseja. </div>
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Não contem com o "Lets play a game" para fazer apologias bacocas de "união". Contem com este blogue como mais uma visão crítica, objectiva e vigilante sobre o Sporting Clube de Portugal. E que daqui a quatro anos, o meu cepticismo em relação a Varandas se transforme num sentimento de agradecimento e satisfação sobre o seu mandato.</div>
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Viva o Sporting Clube de Portugal!</div>
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<i>Adenda - 15h51: Voltei o ouvir o discurso de Varandas na tomada de posse e vi que me esqueci de referir um aspecto que para mim é inadmissível: a utilização constante da expressão "somos Sporting". Escuso de de explicar os motivos que me levam a detestar a essa expressão, certo???</i></div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-87084239041023287112018-09-02T23:35:00.000+01:002018-09-02T23:35:16.291+01:00Que dizer das próximas eleições?<div style="text-align: justify;">
A menos de uma semana do desenlace eleitoral, é tempo de fecharmos os olhos, respirar fundo e pensar na opção final que iremos tomar no sábado.</div>
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Sempre que penso no próximo acto eleitoral não posso deixar de também pensar em como foi possível virmos aqui parar. Caso não se lembrem, há 5 meses atrás ninguém pensaria que estivéssemos nesta situação. Num jogo que tinha tudo para ser épico, uma aselhice de Coates abriu uma caixa de Pandora que ainda hoje não conseguimos fechar. Seguiram-se vários episódios cada um ainda mais deprimente que o outro. Foi o post descabido do presidente, foi o inenarrável motim no balneário, foi a fabulosa suspensão do plantel, foi o jogo com o Paços, foi a lombalgia, foi, foi, foi...</div>
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Enquanto o plantel de futebol profissional masculino se dilacerava numa revolta sem precedentes, acompanhada por uma tomada de posição absurda de Jaime Marta Soares, um empréstimo obrigacionista ficou suspenso, o que obrigou a que o reembolso do anterior tivesse de ser adiado. Nem a perspectiva de uma reestruturação da dívida da SAD acalmou os ânimos. Um final de época desastroso, culminando com o hediondo ataque a Alcochete, lançou o Sporting para um turbilhão de onde ainda hoje tentamos sair. </div>
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Ninguém saiu bem desta história toda. Bruno de Carvalho, que com a sua teimosia e autismo não soube afastar-se a tempo de nos poupar a realização de uma AGE destitutiva, na qual foi trucidado. Os jogadores do Sporting, alguns deles símbolos inquestionáveis do clube, que claramente se aproveitaram de uma situação de fragilidade da sua entidade patronal, para zarpar para outras paragens mais bem remuneradas. O treinador, que tentou passar pelos pingos da chuva de responsabilidade que claramente teve no desfecho da época, bem como dos acontecimentos que levaram ao motim do balneário, restando saber se fez tudo isto por dolo ou por incompetência. Quem sofreu com tanta cadência de murros no estômago e na cabeça fomos nós, os sócios e os adeptos. E cabe-nos a nós, sócios, decidir como sair do buraco para onde nos empurraram.</div>
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Da lista de candidatos à presidência apenas levo a sério 3 ou 4 deles. Descarto Rui Pego, que até poderia ter ideias interessantes mas cuja colagem ao presidente do Leixões matou à nascença qualquer hipótese de ser levado a sério. Pedro Madeira Rodrigues, que parece não ter aprendido nada do último acto eleitoral, continuando no seu registo snobe e arrogante. Tavares Pereira, que pese embora a sua boa equipa, falta-lhe notoriedade social e desportiva para que seja visto como sério candidato a presidente do Sporting. Por fim Dias Ferreira, atraiçoado em 2013 pela escolha "Futre", tenta cavalgar algum do eleitorado brunista descontente, mas não me parece ter espaço para ombrear entre as verdadeiras candidaturas presidenciais.</div>
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E as verdadeiras candidaturas presidenciais são três, não tenhamos ilusões. O próximo presidente do Sporting sairá do trio composto por Varandas, Ricciardi ou Benedito. Podemos até acrescentar Dias Ferreira neste lote, mas só por caridade. E dos três presidenciáveis, em quem irei votar?</div>
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Frederico Varandas lembra-nos aquela rapariga que é a primeira que conhecemos quando chegamos a um sítio pela primeira vez. Ao inicio parece-nos a última coca-cola no deserto, mas depois à medida com que vamos conhecendo o resto das raparigas, percebemos que aquela afinal é mais um trambolho. Varandas tinha a áurea de "Sousa Martins do Sporting", o nosso médico que cura tudo o que é maleitas e despista as mais insondáveis mazelas nos testes médicos. Após os acontecimentos de Alcochete, surgiu com uma áurea de salvador do balneário, homem providencial no terramoto que se abatia sobre Alvalade, comandante do exército de resgate do leão. Ao assumir-se cedo como candidato, ainda antes de haver eleições marcadas, Varandas ergueu uma onda verde onde arrastou muitos adeptos conhecidos, que hoje acredito que estarão arrependidos pela posição precocemente tomada. Varandas decepcionou nos debates, revelando fragilidades oratórias e retóricas básicas. A aura de salvador do clube foi caindo à medida que o próprio admitia que os acontecimentos ultrapassavam em muito o "trauma" dos jogadores. Hoje, Frederico Varandas é o que conseguiu nos dias seguintes ao ataque de Alcochete. Desde então que não conseguiu acrescentar mais nada de notório à sua campanha, além de não ter descolado da imagem de alguém que usou um dos momentos mais negros do clube como trampolim. </div>
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José Maria Ricciardi era, inicialmente, uma piada de mau gosto que alguém conta num funeral. Provocava mais embaraço do que riso. O braço direito do DDT teve a coragem de vir a jogo, mas parecia-me ser a coragem daquele soldado que por desespero que lança sozinho contra mil inimigos. O anuncio de que José Eduardo era o seu homem forte para o futebol, ou que estava a aliciar membros da comissão de gestão, adensou ainda mais a ideia de que toda a sua candidatura era patética. Mas enganei-me redondamente. Ricciardi tem aquela desfaçatez típica de quem assumiu ruinosamente cargos de relevo no nosso país, conseguindo passar uma imagem de si como competente, honesto, isento, juntando isso a outros atributos que tão apreciados são pelos portugueses, como poder ou influência nas altas esferas. Basta algumas conversas com sócios e adeptos do Sporting para se perceber que o perfil de Ricciardi é considerado como o adequado para conduzir os destinos do nosso clube nestes tempos tormentosos. E não porque Ricciardi tenha esta ideia para a SAD, aquela para as modalidades, ou aqueloutra para os escalões de formação. Nada disso. Ricciardi é considerado como adequado, porque simplesmente é Ricciardi, o primo do DDT. Não vale a pena tecer aqui considerações de índole gastronómica, sobre croquetes ou rissóis. Sei bem o que significaria para o nosso clube ter o JMR à frente dos seus destinos. Mas não tenho grandes ilusões para sábado. Ricciardi é o favorito à vitória.</div>
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Por fim, João Benedito. Provavelmente serei queimado nos autos-de-fé das redes sociais pela heresia que vou dizer, mas se há alguém que pode continuar o BOM brunismo, Benedito é essa pessoa. Se é possível haver brunismo sem os excessos de linguagem, a constante exposição mediática ou as relações tempestuosas com o balneário, essa pessoa é Benedito. Se há alguém que me garanta, nesta fase, que continuará a apostar nas modalidades, é Benedito. Se há alguém que me garanta que continuará a lutar contra o Estado Lampiânico ou o ressurgimento do Sistema, é Benedito. Se é possível lançarmos um empréstimo obrigacionista para pagar o anterior e dar liquidez à nossa tesouraria, sem que isso implique a entrada de "investidores fantasma" na SAD ou qualquer outro cenário de perda da maioria do clube, essa pessoa é Benedito. Os indefectíveis de BdC poderão vir com as teorias da conspiração, de que Benedito é um fantoche ou testa de ferro, mas isso não passa disso mesmo, de teorias. Benedito inicialmente apresentou-se com uma postura algo artificial e mesmo teatral, mas basta ver como se comporta nos debates, nas posições que tomou sobre os debates na CMTV ou da ida da CG para a tribuna da Luz, para se perceber ao que vem. Benedito é a minha escolha por tudo isto, mesmo que neste momento pressinta que a vitória cairá para outro lado...</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-21393823453135620642018-07-17T12:43:00.000+01:002018-07-19T12:32:22.777+01:00Eleições 2018: Ponto de situação das candidaturas<div style="text-align: justify;">
Ando há vários dias a tentar escrever aqui um balanço das várias candidaturas que até hoje se apresentaram. Mas tal tarefa revela-se sempre infrutífera, pois todos os dias temos novidades que nos obrigam a refazer o plano que já tínhamos delineado. Por isso, enquanto Benedito não oficializa a sua candidatura e Bruno de Carvalho não responde a Elsa Judas, vou tentar fazer aqui um ponto de situação.<br />
Neste momento temos sete (espero ter contado bem) candidatos anunciados, sendo que é expectável que em breve este número mude. Primeiro, porque ainda não sabemos se será autorizada a candidatura de Bruno de Carvalho e Carlos Vieira. Segundo, porque da mesma forma que em 2011 alguns candidatos lowprofile desistiram, também me parece pouco provável que outros nomes menos conhecidos arrisquem ir em frente até ao dia da votação. Aqui incluo Fernando Tavares Pereira, que arrisco dizer que será um ilustre desconhecido para a grande maioria dos sócios do Sporting, bem como Zeferino Boal que é o eterno candidato desistente. Depois há a eternamente anunciada candidatura de Benedito, cujo anuncio finalmente deverá ocorrer na quinta-feira.<br />
Sobre a esperada candidatura de João Benedito, tenho alguma curiosidade em saber onde é que o ex-guarda-redes de futsal vai fazer vincar a diferença para outros candidatos, nomeadamente Frederico Varandas. Estas duas candidaturas vem de dentro ou seja, são de duas pessoas que há bem pouco tempo participavam de forma activa na vida do clube, sendo bastante acarinhadas até ao momento em que decidiram romper ou afastar-se de Bruno de Carvalho. Benedito entrou em rota de colisão com o ex-presidente em 2016 e chegou a ser visto como candidato a disputar as eleições de 2017 contra BdC. Varandas rompeu com BdC há pouco mais de um mês e numa fase onde o clube estava muito fragilizado com a invasão de Alcochete. Ao contrário de Benedito, o timing escolhido por Varandas para romper com a direcção não foi propriamente feliz, tonando praticamente impossível de descolar o rótulo de oportunista à postura do médico. De resto, a postura de Benedito ao longo dos últimos dois anos foi sóbria. Não aderiu à moda de criticar a torto e a direito BdC antes do acto eleitoral de 2017, ao contrário da maioria dos seus críticos. Pelo contrário, preferiu manter a distância do então presidente, mas sem perder a postura. A decisão de não avançar em 2017 pode ser vista como cínica, mas também revelou realismo, pois reconheceu ser impossível destronar Bruno de Carvalho no auge da sua popularidade. Mesmo quando se tornou fácil bater em Bruno de Carvalho, Benedito preferiu resguardar a sua imagem, criticando o indispensável.<br />
Varandas tem a grande vantagem de ter partido na frente e da sua candidatura já levar algumas semanas de avanço face a Benedito. Mas parece-me que tem vindo a perder o elãn inicialmente criado à sua volta. O destaque que a sua candidatura deu a figuras do croquetismo, desperta bastantes dúvidas e receios nos sportinguistas. Depois, a denotada impreparação do médico também não tem ajudado à sua afirmação. Varandas está longe de ser um orador arrebatador, o seu discurso é muito mastigado e a gaffe da secção de Padel é arrepiante. Quanto a Benedito, arrancando nesta altura onde Varandas começa a ganhar desgaste e tornando-se evidente que Bruno e Vieira serão impedidos de se candidatar, até que ponto não irá capitalizar os votos dos antigos apoiantes do CD deposto ou dos desiludidos com Varandas? Vamos esperar pelos seu programa, pelos seus projectos, pela sua equipa, para então sim, sabermos se esta candidatura tem hipóteses para se destacar das restantes.<br />
Quanto às candidaturas de Pedro Madeira Rodrigues e Dias Ferreira, são regressos de figuras já conhecidas do universo sportinguista, sem grandes novidades do que já sabíamos. Pedro Madeira Rodrigues continua no seu registo pedante de "somos muita bons" e "temos uma granda equipa". Ranieri é um trunfo, apesar de me parecer algo extemporâneo. Se por acaso Peseiro fizer um excelente arranque de época, inclusive com um resultado positivo na Luz, será justo despedi-lo para lá colocar Ranieri? Não que Ranieri não seja superior a Peseiro, mas também não me parece um nome tão forte como PMR quer fazer passar. Dias Ferreira, que pelos anos que aturou e enfrentou Rui Gomes da Silva e Paulo Garcia merece todo o respeito e reconhecimento dos sportinguistas, parece-me um nome já sem espaço no espectro eleitoral leonino. Demasiado queimado pelo episódio dos "charteres" do Futre, não consigo descortinar que espaço poderá ocupar nas próximas eleições. Não o vejo capaz de ombrear contra a máquina que suporta Varandas nem contra o prestígio que Benedito traz consigo. Ao mesmo tempo não o vejo com capacidade para captar os eleitores brunistas, que sem dúvida acredito que prefiram um candidato mais novo e menos comprometido com o pré-2013.<br />
Hoje, perante o panorama de candidatos, aposto numa corrida a 3 ou 4 candidatos, entre Varandas, Benedito, Pedro Madeira Rodrigues e Dias Ferreira (se eventualmente não desistir). Com Bruno de Carvalho e Carlos Vieira de fora da corrida, em qual destes candidatos votarão os 29% de sócios que estavam contra a destituição do anterior CD? Ou ainda aparecerá outra candidatura, completamente conotada com o brunismo?</div>
Billy Jigsawhttp://www.blogger.com/profile/10400291087290878930noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-827701425177483851.post-10790060708941477682018-07-03T14:12:00.000+01:002018-07-03T14:12:31.861+01:00Sporting Clube de Proscritos<div style="text-align: justify;">
Se pegássemos num qualquer livro sobre a história do Sporting e quiséssemos juntar todos os presidentes, treinadores e jogadores que ali estão referidos como proscritos do nosso clube, muito provavelmente juntaríamos um conjunto de pessoas que hoje estão ligadas ao clube. É como se de repente a História olhasse para trás e tentasse reescrever-se, quiçá dando-nos a oportunidade de a fazer a nosso contento.</div>
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Já escrevi sobre Sousa Cintra, o presidente que mais se aproximou do estilo e carisma de Bruno de Carvalho, numa época com metade do mediatismo de hoje. O homem das águas (a cerveja foi depois do Sporting), o algarvio que não queria contratar Mark Knofler, que despediu Robson e foi buscar o novo Eusébio ao Brasil (Careca, lembram-se?). Sousa Cintra, o presidente que quis trazer Pancev para juntar a um conjunto de estrelas onde brilhavam Ivkovic, Luisinho, Naybet, Valckx, Balakov, Iordanov, Juskowiak, Figo, Cherbakov, Capucho, Nelson, Carlos Xavier... Mas onde os resultados desportivos ficavam muito àquem da qualidade dos plantéis que se esforçava por construir, limitando-se a uma taça de Portugal e outra Supertaça (onde é que já vi isto?). Sousa Cintra, muito criticado pela elite do costume, daria em 1995 o lugar à "geração Roquete", com o resultado que se conhece. Apesar da aura "croquete" com que muitos agora decidem coroá-lo, Sousa Cintra é tudo menos croquete. É alguém que no passado sentiu muito (demasiado) o clube, muitas das vezes gerindo-o mais com o coração do que com a cabeça (soa-me familiar). Esta sua segunda passagem pelo clube é demasiado fugaz para que possa deixar uma marca diferente da deixada em 1995, mas suficiente para imprimir um cunho que irá marcar o desfecho final desta época... para o bem ou para o mal.</div>
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Para tal, Sousa Cintra foi buscar o treinador que mais se pareceu consigo nestes últimos anos. Alguém cuja equipa tenha decepcionado os adeptos na justa medida que os empolgou pelo futebol jogado em algumas partidas. Esquecendo Jorge Jesus, ainda demasiado quente nas nossas recordações, não restava outro nome que pudesse combinar com o antigo presidente que não José Peseiro. O homem que com um plantel onde reunia Nelson, Beto, Polga, carlos Martins, Hugo Viana, Moutinho, Liedson, Hugo, Miguel Veloso, Custódio, Tello, Rochemback, Saleiro, Danny, esteve perto de ser campeão e ganhar a taça UEFA, mas perdeu tudo numa semana. O treinador que tinha tanto de concepção atacante de jogo (as famosas "altas pressões"), como de fraco líder de balneário. José Peseiro ficaria irremediavelmente ligado ao medonho desfecho de 2004/2005, caindo logo no inicio da época seguinte. Seguir-se-ia Paulo "4ever" Bento, que apesar dos melhores resultados alcançados, preferia um tipo de jogo mais pautado e envolvente (o famoso losângulo), que ao longo dos anos tornaria o nosso futebol previsível e sonolento. Ainda hoje José Peseiro "paga as favas" da semana terrível de 2005 e basta ler os comentários dos sportinguistas nas redes sociais para concluirmos que esteve longe de ser uma contratação consensual. Valha-nos a memória de alguns jogos ganhos na raça (Newcastle ou Alkmaar, por exemplo), ou da forma de atacar desenfreada da sua equipa (e o reverso da medalha, que era a descompensação defensiva) e temos um cheirinho daquilo que pode ser o Sporting de 2018/19.</div>
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Para completar o ramalhete de proscritos, falta o principal, que são os jogadores. Salvo o regresso dos rescisores, que para já não passa de uma remota possibilidade, não se pode dizer que este plantel tenha jogadores mal amados pelos adeptos. A sua proscrição nos últimos anos deveu-se exclusivamente à opção técnica do nosso último treinador. Geraldes porque lia Saramago, Matheus, Gauld, Dala, por outros motivos que não passariam certamente pela sua falta de qualidade, irão juntar-se a Wendel que não percebe chinês ou a Lumor, o defesa esquerdo que se conseguiu arranjar. Acredito sinceramente que este conjunto de jogadores, mais as aquisições deste defeso, entrarão na próxima época com ganas para demonstrar que são muito melhores do que o nosso antigo treinador achava. </div>
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Esta época do Sporting, que por estes dias se iniciou, lembra-me aqueles westerns, quando um conjunto de pistoleiros renegados se reúnem para levar a cabo uma missão que, à partida, se afigura impossível para o comum dos mortais. Invariavelmente, nesses filmes, vencem sempre os destemidos pistoleiros, emprestando à narrativa uma moral que passa sempre pela reabilitação dos heróis proscrito.</div>
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Será esse também o filme da época 2018/2019 deste Sporting Clube de Proscritos?</div>
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